Encontra-se patente no Centro Escolar de Bitarães, em Paredes, uma exposição com trabalhos executados por pais, encarregados de educação em articulação com os alunos deste estabelecimento de ensino, numa atividade que envolveu toda a comunidade escolar e que foi realizada no âmbito do Plano de Desenvolvimento Pessoal, Social e Comunitário.
O diretor do Agrupamento de Escolas de Paredes, professor Carlos Miguel Cavadas, destacou que a iniciativa teve como objetivos aproximar os pais da comunidade escolar.
“Quando aderimos a este projeto partimos da necessidade de envolver os pais nas atividades da escola e com esta projeto isso foi conseguido”, disse, salientando que os trabalhos foram feitos ao longo deste ano letivo.
O diretor esclareceu que nos planos de recuperação 21/23 está prevista a continuidade deste tipo de projetos, que foi implementado no Centro Escolar de Bitarães, sendo objetivo replicar estas atividades a outros centros escolares.
“Vamos fazer a candidatura para o Centro Escolar de Mouriz e para o Centro Escola Paredes e continuar com o Centro Escolar de Bitarães com este projeto”, avançou.
Falando do feedback, o diretor reconheceu que os pais vão poder ver os trabalhos elaborados com os alunos.
“Houve iniciativas para encarregados e workshops para a comunidade, sendo intenção trazer a comunidade para a escola”, referiu, sustentando que a mostra estará aberta até dia 8 de julho cumprindo com as regras definidas pela Direção-Geral de Saúde (DGS), não estando, contudo, aberta ao público, em geral, tendo em conta as limitações impostas pelas autoridades de saúde ainda em vigor no país.
Luciana Ribeiro, educadora social, recordou que esta exposição foi desenvolvida ao longo do ano letivo 2020/21 no Centro Escolar de Bitarães, contando com a envolvência de todos os alunos da escola, desde o pré-escolar e o primeiro ciclo, tendo sido dividida em três ações/medidas.
Falando das ações, a educadora social esclareceu que a primeira medida consistiu no aprender com a comunidade, com a realização de atividades culturais e artísticas.
“Tivemos atividades com o Rancho Folclórico, escuteiros, realizamos um open art, onde os meninos experimentaram várias técnicas artísticas ao longo de uma semana”, adiantou, sublinhando que no âmbito do projeto foi também proposta a realização de um guião, por período, que contou com a envolvência dos pais.
“Trata-se de uma guião com temas relacionados com o aluno, a família, a escola, o concelho e a freguesia, constituindo um conjunto de atividades realizadas com os membros do agregado familiar. O nosso objetivo era envolver a família e trazê-la para a escola de uma forma indireta, uma vez que a sua presença física tornou-se mais difícil dada a situação que a região e o país estão a atravessar”, expressou.
Luciana Ribeiro apontou, ainda, uma terceira medida, que foi desenvolvida no âmbito do projeto, a atividade “Sarilhos do Amarelo” que consistiu num programa de treino e controlo de estratégias de autorregulação das aprendizagens.
“Nesta atividade, tivemos uma sala diferente a que chamamos o Bosque sem Fim”, afirmou, asseverando que através desta ação pretendeu-se veicular a “importância do trabalho da equipa, gerir os comportamentos e emoções e sentimentos, resolver os problemas”, entre outros situações que estão presentes e fazem parte do dia-a-dia das crianças.
“Além das sessões do Bosque Sem Fim tivemos atividades mais práticas que permitiram que os alunos ficassem a perceber o que é planificar, executar e avaliar.
A educadora social avançou, ainda, que os pais e a comunidade educativa, em geral, foi colaborativa, mostrou-se entusiasmada e colaborante.
“O projeto correspondeu às expectativas pelo que o balanço é positivo. Todos ficaram mais enriquecidos com este projeto, com muitas aprendizagens para todos”, acrescentou.
A mostra está aberta a partir do dia 30 de junho apenas para os encarregados de educação e familiares, das 11h00 ao 12h30 e das 15h00 às 17h30.