A escritora Cidália Fernandes arrecadou o prémio mundial “Águila de Oro”, da União Hispanomundial de Escritores (UHE), distinção que premeia o seu desempenho e contributo na área na educação.
Ao Novum Canal, a escritora penafidelense, apresentadora do programa “É em Poesia que se fala”, destaca que este prémio “Águila de Oro” à Excelência consta de um diploma e de um Troféu e é atribuído a 15 modalidades, desde a Literária, Cultural, Educativa, Jornalística, Artística e outras.
A autora realça que este é “um prémio de carreira e, portanto, avaliador de atividades desenvolvidas ao longo da vida. A análise é feita por um júri internacional presidido pelo presidente executivo e fundador da UHE em exercício, DR Carlos Hugo Garrido Chalén, e atribuído anualmente por concurso internacional, premiando normalmente apenas um concorrente em cada modalidade em cada país, se os houver com merecimento para tal”.
Cidália Fernandes declara que “pela primeira vez foram atribuídos oito prémios “Águila de Oro” em várias modalidades a cidadãos de língua portuguesa, nomeadamente de Portugal ( 6 ) Brasil ( 1 ) e Moçambique ( 1 )”.
A escritora reforça que a UHE está representada em “150 países e existe há 29 anos”.
“Até há pouco mais de um ano, a língua portuguesa não estava representada neste movimento mundial de escritores, facto que foi alterado com a criação de uma delegação em Portugal e, a partir desta, a criação de delegações em todos os países de língua portuguesa, representando perto de 300 milhões de falantes e conseguindo que a língua portuguesa passasse a ser, a par do castelhano e do Inglês, língua oficial da UHE. A partir daqui foi nomeada uma presidência Intercontinental para os Países de Língua Portuguesa e passou a contar com dirigentes nos Órgãos Mundiais”, reforça.
A escritora assume que ficou surpreendida com a distinção.
“Um prémio é sempre bem-vindo, e mesmo que tenhamos consciência de que os concorrentes são muitos, há sempre uma esperança, por mais ínfima que seja. Foi precisamente o que me aconteceu. Como a projeção é mundial, considerava quase impossível recebê-lo. Quando vi o meu nome no meio de tantos nomes estrangeiros, fiquei sinceramente surpreendida. Um prémio é um reconhecimento”, disse.
“É um estímulo para continuarmos a nossa caminhada. Ela não depende obviamente de qualquer prémio, depende da nossa vontade e do nosso propósito, mas é um extraordinário sustentáculo, repito. E elogiar o trabalho de outro implica sempre uma atitude de generosidade. Por isso continuo grata à UHE pela distinção. Consideraram meritório o meu contributo em prol da educação e da cultura”, acrescenta a escritora.
A autora reitera que esta distinção premeia o seu trabalho e esforço na área da educação.
“ Graças às novas tecnologias, é possível registar e acompanhar as atividades sociais das pessoas. Precisei de algum tempo para reunir todos os elementos que lhes permitiram avaliar o merecimento do prémio: publicações, atividade docente, participação em eventos culturais, vídeos, dinamização de projetos educativos e jornalísticos. Depois foi só enviar e aguardar”, concretiza.
A professora foi também distinguida com o Prémio Internacional César Vallejo 2020 no início deste ano recorda “que este prémio surge na sequência do Prémio César Vallejo”.
“Para o Prémio César Vallejo das cinco nomeações, fui a escolhida, para este houve um concurso internacional. Acrescento ainda que a proposta elaborada pelos órgãos nacionais da UHE para os prémios César Vallejo foi realizada por dirigentes conhecedores do panorama da cultura portuguesa e por isso avalizados para essas propostas, fornecendo dados e links comprovativos de toda a atividade cultural e profissional dos candidatos propostos. O júri do “Águila de Oro” tem também acesso a estas informações quando recebe a proposta de candidatura.”.
“Partilhar saberes é inevitavelmente educar. A cultura é saber, a experiência também. A poesia vive comigo desde que me conheço, e considero-a uma das mais belas formas de arte, uma das mais transparentes formas de revelação do ser humano, apesar de saber que há muita gente que não concorda comigo. Ela diz o que há de mais profundo no âmago de cada um de nós. Pode não ser entendida, mas não é por isso que deixa de ser amada”, confirma.