O Novum canal avançou com mais uma entrevista sobre o resgaste da concessão dos serviços de águas do município.
Desta feita, foi Carlos Barbosa, presidente do PS Paredes que se pronunciou sobre o processo Câmara Municipal de Paredes versus Be Water.
Refira-se que a autarquia paredense é liderada pelo partido socialista. O processo de concessão dos serviços de águas e os seus aditamentos, foram da responsabilidade dos executivos liderados pelo PSD, designadamente por Granja da Fonseca e por Celso Ferreira.
O socialista José Carlos Barbosa, considera que a ausência de investimento, da responsabilidade da Be Water, justifica o resgate, assim como a possibilidade da autarquia se candidatar a programas de financiamento, como é o caso do POSEUR-Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.
José Carlos Barbosa, líder da concelhia do PS Paredes.
A Câmara Municipal pretende efetuar o resgate da concessão dos serviços de águas do município que, atualmente, são geridos pela empresa Be Water.
Esta concessão tem, a nível contratual, uma duração, ainda, de 15 anos.
Recentemente, o parecer desfavorável da ERSAR, Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, a este processo de resgate, veio acender a polémica.
O Novum Canal, após entrevista ao presidente da Câmara Municipal, ouviu todos os líderes das concelhias de Paredes.
A opinião geral é que o processo está a ser mal conduzido pela autarquia, defendendo-se que Câmara Municipal e a empresa Be Water encetem negociações de forma a que o município não seja prejudicado neste processo. Na eventualidade de não haver acordo, há quem defenda o cumprimento do contrato. Ainda que com aditamentos, dever-se-á deixar que este chegue ao seu términus. Há também quem considere que a rescisão seria a melhor solução.
Neste resgate, a autarquia paredense propõe-se a indemnizar a Be Water em valor superior a 21 milhões de euros, verba que, de resto, já conseguiu através de 2 empréstimos, contraídos recentemente.
A Be Water não aceita e já intentou uma ação em tribunal, na qual exige cerca de 130 milhões de euros.
Este braço de ferro, estará, certamente, visível, nas eleições autárquicas, cada vez mais próximas.