A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) reuniu com Comissões da Assembleia da República, defendendo o reforço das medidas de apoio às empresas.
Perante o cenário dramático pelo qual as empresas estão a atravessar, a AHRESP, nunca questionando as medidas de caráter sanitário, realça que é “vital robustecer os apoios às empresas, e por esse motivo, na audição decorrida, evidenciou a necessidade urgente de reforçar as medidas de apoio às empresas, promovendo medidas de apoio à liquidez, o reforço dos apoios a fundo perdido para a tesouraria das empresas, o reforço da dotação do programa Apoiar Rendas e a prorrogação das moratórias bancárias”.
A associação propõe, ainda, a a implementação de “planos de amortização de longo prazo;, a disponibilização de apoios para empresas recentes, os apoios para empresas com quebras de faturação iguais ou superiores a 15%, a implementação de medidas de apoio à capitalização, assim como a criação de um Fundo de Capitalização de Empresas”.
No que toma às medidas de apoio ao emprego, a AHRESP defende a “continuidade do Lay Off Simplificado até ao final do ano 2021; a redução para dois escalões no apoio à retoma progressiva e a publicação da regulamentação do novo Incentivo Extraordinário e do Apoio Simplificado”

A instituição defendeu, também, a implementação de “medidas de apoio ao funcionamento, nomeadamente a promoção de uma campanha de dinamização do consumo; a aplicação temporária da taxa reduzida de IVA nos serviços de alimentação e bebidas; a criação de um mecanismo único de acesso aos apoios, assim como a contratualização de organismos intermédios para apoio às empresas”
A associação informa que a audição na Assembleia da República serviu para fazer “um ponto de situação do estado das empresas do alojamento turístico e da restauração e similares, nomeadamente os resultados globais dos inquéritos realizados nos últimos 12 meses”.
“Estes resultados revelam bem as enormes dificuldades por que passam as empresas dos nossos setores, em que muitas já foram afetadas de forma irreversível, com a extinção de milhares de empresas e de postos de trabalho. Conforme o INE publicou recentemente, no ano 2020 o alojamento e a restauração e similares perderam, face a 2019, 28.700 postos de trabalho”, lê-se na nota à imprensa que acrescenta que “nesta audição, com a apresentação das medidas, já entregues ao Governo no passado mês de fevereiro, espera a AHRESP ter conseguido sensibilizar os Senhores Deputados, no sentido de vermos acolhidas as medidas propostas, tão relevantes para evitar o avolumar de falências e de novos desempregados”.