A Ordem dos Enfermeiros (OE) avança que o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), Hospital Padre Américo, em Penafiel, endereçou uma carta de despedimento a cerca de 60 enfermeiros.
A OE, em nota que partilhou na sua publicação oficial online, rotula de “inadmissível que esta situação se repita, várias vezes, sem a intervenção direta do Ministério da Saúde na defesa de quem tem protegido o país contra a pandemia Covid-19”.
“Após situação semelhante no Hospital de Braga e de vários avisos por parte da Ordem dos Enfermeiros ao Ministério da Saúde do despedimento de Enfermeiros com contratos de quatro meses, em Instituições de Saúde, voltamos a mostrar a nossa perplexidade para o que está a suceder no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa”, refere a Ordem dos Enfermeiros que concretiza que foram vários “os enfermeiros que informaram a OE que cerca de 60 destes profissionais de Saúde estão a ser notificados do seu despedimento”.
A OE recorda que o “Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa abrange uma das maiores áreas populacionais de Portugal, tendo sido um dos hospitais mais fustigado pelo COVID19, com enfermeiros a trabalhar horas extras atrás de horas extra”, sustentando que “quase todos os Enfermeiros despedidos têm bancos de horas acima das 30h mensais”.
A OE, através da publicação online, formula várias perguntas, questionando-se nomeadamente “numa altura em que o país se prepara para uma quarta vaga, como é possível despedir enfermeiros”.
“Perante um cenário destes, temos de questionar, em alta voz, como é possível desprezar quem tem lutado pela Saúde do país? Numa altura em que o país se prepara para uma quarta vaga, em que se pede um esforço extra a todos, se luta pelo retorno à normalidade, como é possível despedir Enfermeiros que tanta falta fazem?”, lê-se no site e na página do facebook da OE que estranha este procedimento quando está em curso o processo de vacinação.
“Pedimos respostas rápidas e objetivas a esta irresponsabilidade”, acrescenta a instituição.
Contactado pelo Novum Canal, o CHTS referiu que “o Conselho de Administração está a acompanhar a situação e a zelar pelo cumprimento dos preceitos legais aplicáveis”.
