Guimarães dá palco à dança contemporânea de 30 de abril a 2 de maio

Guimarães dá palco à dança contemporânea de 30 de abril a 2 de maio

Nos próximos dias 30 de abril, 1 e 2 de maio, a dança contemporânea vai ser protagonista em Guimarães com A Oficina a apresentar novas coproduções num fim de semana marcado pelo Dia Mundial da Dança.

A cooperativa cultural vimaranense destaca, em comunicado, que o “mais recente espetáculo de Hugo Calhim Cristovão & Joana von Mayer Trindade – Fecundação e Alívio neste Chão Irredutível onde com Gozo me Insurjo – tem a sua estreia absoluta no Centro Cultural Vila Flor (CCVF) a 30 de abril, sexta-feira, às 19h00”.

“ No dia seguinte, 1 de maio, às 11h00, também no CCVF, Vera Mantero estreia a sua nova criação para a companhia Dançando com a Diferença, intitulada Vaamo share oque shop é Beiro Pateiro. Este fim de semana dedicado à dança contemporânea fecha com Glottis, da coreógrafa francesa Flora Détraz, no domingo, 2 de maio, às 11h00, no Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG)”, refere o mesmo comunicado.

A Oficina realça  que “na sexta-feira, 30 de abril, às 19h00, Hugo Calhim Cristovão & Joana von Mayer Trindade estreiam em absoluto o seu último espetáculo no palco do Pequeno Auditório do Centro Cultural Vila Flor. Em Fecundação e Alívio neste Chão Irredutível onde com Gozo me Insurjo, a dupla de coreógrafos – que tem dedicado os seus últimos trabalhos ao cruzamento entre a dança e a filosofia – interroga neste trabalho o conceito de irredução e a função de gozo e volúpia na revolta e no transgressivo, destruidor de fronteiras e classificações abstratas e elitistas, servindo um prato com inspiração na obra Irréductions, do filósofo e antropólogo Bruno Latour”.

“O espetáculo, interpretado por Sara Garcia e Bruno Senune, coloca ainda o tema em confronto com o experimentalismo formal, político e poético da obra multidisciplinar de Ana Hatherly (Eros Frenético, O Mestre e Tisanas), nesta que é uma coprodução d’A Oficina com o Theatro Circo, Centro Cultural de Belém e Asta-Festival Contradança”, refere a nota de imprensa.  

Já no sábado, 1 de maio, às 11h00, Guimarães recebe outra estreia que assinala os 20 anos de existência da companhia “Dançando com a Diferença, um projeto piloto, criado em 2001, na Região Autónoma da Madeira, que junta em palco pessoas com e sem deficiências por uma só causa: dançar”.

Guimarães dá palco à dança contemporânea de 30 de abril a 2 de maio
Fotografia: © Hugo Calhim Cristovão

O evento sob a “direção artística de Henrique Amoedo, tornou-se uma referência nacional e internacional, ocupando um patamar de referência dentro do panorama artístico europeu quando falamos de arte inclusiva”.

“Vera Mantero é a tradução viva dos pressupostos que norteiam as ações da companhia. Tem uma carreira pontuada pela ousadia, pela inovação, pelo questionamento de padrões e convenções sociais vigentes”, acrescenta o comunicado que sustenta que “foi, por isso, a coreógrafa convidada para criar Vaamo share oque shop é Beiro Pateiro, um espetáculo que, segundo Vera Mantero, “equilibra tantas diferentes presenças”.

“Durante o processo de criação, uma característica teve um forte impacto na coreógrafa: “uma alegria contagiante em estúdio, a impressão de haver sempre motivo para celebração, para festa, para júbilo, mesmo neste período de pandemia, ou talvez sobretudo neste período de pandemia…”, acrescenta a organização que questiona: “Mas esta peça é sobre o quê?”.

De acordo com Vera Mantero, “mais do que ser ‘Sobre’ algo, ela deixa-se viver Sob um regime de associações livres e frequentemente não-verbais que são um retrato muito fiel de tudo o que foi vivido no seio deste grupo”.

“Mílton Branco e Telmo Ferreira assumem o papel de intérpretes, cocriadores e assistentes da coreógrafa nesta peça coproduzida pel’A Oficina e a Dançando com a Diferença, com apresentação marcada para o Grande Auditório do CCVF”, alude a nota à comunicação social.

“Glottis, da coreógrafa francesa Flora Détraz, encerra este fim de semana dedicado à dança no dia 2 de maio, às 11h00, desta vez na Black Box do Centro Internacional das Artes José de Guimarães. Esta ampla coprodução (Alkantara, Le Gymnase-CDCN, Scène nationale 61, Le Phare – Centre chorégraphique national du Havre Normandie – Direction Emmanuelle Vo-Dinh, Pact-Zollverein, December Dance/Danz in Brugge, Théâtre Cinéma de Choisy-Le-Roi, Espaces Pluriels, La Briqueterie CDCN, Theater Freiburg, A Oficina/Guimarães) acontece no interior de uma glote ou no fim perdido de uma gruta, em tempos ancestrais, na pré-história ou em tempos futuros, depois da história. Mathilde Bonicel, Yaw Tembe e Flora Détraz representam três figuras – pessoas que veem de olhos fechados, xamãs em hipnose, ou simples sonâmbulas – que se entregam a práticas misteriosas. Numa espécie de concerto dançado, perturbadoramente parecido a uma profecia fantástica, conversam com forças invisíveis. Mergulho onírico nos meandros da magia e do inconsciente, Glottis faz a apologia do oculto”, avança A Oficina.

A organização destaca que os “ingressos para assistir às criações de Hugo Calhim Cristovão & Joana von Mayer Trindade e Flora Détraz têm um custo de 7,50 eur ou 5,00 eur com desconto, podendo ser adquiridos nas bilheteiras dos equipamentos culturais geridos pel’A Oficina – Centro Cultural Vila Flor, Casa da Memória de Guimarães, Centro Internacional das Artes José de Guimarães, Loja Oficina – ou online em www.aoficina.pt.”.

“O espetáculo de Vera Mantero para a companhia Dançando com a Diferença terá entrada gratuita. Trata-se ainda de um espetáculo acessível com audiodescrição. Programado pel’A Oficina, Vaamo share oque shop é Beiro Pateiro será, também, apresentado no âmbito do Quadrilátero Cultural, um projeto que promove e valoriza o património cultural e natural da região de Barcelos, Braga, Famalicão e Guimarães, através de ações de programação artística e cultural em rede. Após a estreia em Guimarães, o espetáculo vai passar pelo Jardim do Mosteiro de Tibães (Braga) a 17 de julho, pela Alameda do Mosteiro de Landim (Famalicão) a 23 de julho, e pelo Largo Dr. José Novais (Barcelos) a 30 de julho”, concretiza ainda A Oficina.