AHRESP aguarda resposta do Governo à prorrogação das moratórias bancárias

Moratorias | NOVUM CANAL

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) afirma que continua a aguardar pela resposta do Governo à proposta no sentido de reforçar a tesouraria das empresas do alojamento turístico e da restauração e similares.

“Recentemente, a AHRESP apresentou ao Governo um conjunto de várias propostas destinadas a reforçar a tesouraria das empresas do alojamento turístico e da restauração e similares. Uma das principais propostas consiste na prorrogação das moratórias bancárias até 30 de junho de 2022, que deve ser seguida de um plano de amortização de médio e longo prazo (10 anos) para todos os empréstimos que se encontram ao abrigo dessas moratórias”. Lê-se na nota que nos foi enviada que reforça que alude à urgência de discutir o tema das moratórias antes de setembro.

“ A AHRESP aguarda resposta do Governo a esta proposta e alerta para a aproximação da data de fim da moratória pública, insistindo que as empresas precisam de receber informação atempadamente, de forma a gerirem as suas necessidades de tesouraria. A necessidade de discutir o tema das moratórias antes de setembro”, remetendo para as declarações prestadas por António Saraiva, presidente da CIP, em entrevista à imprensa, reiterando que Governo e a banca devem ajudar as empresas “não vão conseguir honrar este compromisso até 23 de setembro”.

A associação destaca, por outro lado, que o turismo contínua ausente do Plano de Recuperação e Resiliência.

“ Após receber os contributos resultantes da consulta pública, o Primeiro-Ministro apresentou na passada sexta-feira a nova versão do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Porém, apesar da inclusão de uma componente direcionada para a Cultura, de uma forma geral o setor do turismo permanece ausente das estratégias e investimentos propostos. No contributo apresentado pela AHRESP, foi salientado que a resiliência que o turismo demonstrou em vários momentos de crise exige uma nova abordagem estratégica que lhe permita recuperar da crise atual, de forma a estimular uma recuperação mais ampla e célere da economia nacional. Não obstante o PRR ser um documento de linhas macro, em que algumas das matérias são transversais a várias atividades, a realidade é que se deveria atender a um capítulo específico destinada àquela que era, até março de 2020, a maior atividade económica exportadora do país”. Acrescenta a instituição.

AHRESP aguarda resposta do Governo à prorrogação das moratórias bancárias
Fotografia: AHRESP

A AHRESP refere, também, que o novo Incentivo Extraordinário à Normalização da Atividade continua por regulamentar.

“A AHRESP defende que a regulamentação do novo Incentivo Extraordinário à Normalização da Atividade Empresarial seja divulgada com a maior brevidade possível, uma vez que mais de um mês após o seu anúncio, continuamos a aguardar que este incentivo financeiro seja regulamentado por portaria do membro do Governo responsável pela área do Trabalho, designadamente no que respeita aos procedimentos, condições e termos de acesso”, sustenta, sublinhando que o “novo Incentivo Extraordinário virá atribuir até 2 salários mínimos por trabalhador às empresas que estiveram abrangidas pelo Lay-off Simplificado ou pelo Apoio à Retoma Progressiva no primeiro trimestre de 2021. Na fase de retoma da atividade que inicia hoje para muitas empresas, é essencial que esta medida de apoio à normalização seja regulamentada e fique disponível o mais breve possível”.