As celebrações da eucaristia, com a presença da assembleia, serão retomadas a partir de segunda-feira.
O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), em comunicado, esclarece que a decisão foi assumida, tendo em conta as “orientações da Conferência Episcopal Portuguesa de 8 de maio de 2020 e em consonância com as normas das autoridades de saúde”.
“O Conselho Permanente refletiu sobre a situação atual da pandemia e decidiu que as celebrações da Eucaristia com a presença da assembleia sejam retomadas a partir do dia 15 de março, observando as orientações da Conferência Episcopal Portuguesa de 8 de maio de 2020, em consonância com as normas das autoridades de saúde”, lê-se no comunicado que se encontra no site da Conferência Episcopal, que destaca que quanto à celebração doutros sacramentos, “observem-se as normas de segurança e de saúde referidas nas mesmas orientações”.
A CEP avança que, nesta fase, “evitar-se-ão procissões e outras expressões da piedade popular, como as “visitas pascais” e a “saída simbólica” de cruzes, de modo a evitar riscos para a saúde pública”.
“A Assembleia Plenária da CEP de 12-15 de abril de 2021 reavaliará estas orientações, tendo em conta a situação de pandemia no país”, acrescenta o comunicado, deixando algumas orientações para as celebrações da Semana Santa, na “sequência da Nota da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (17.2.2021)”.
“Para o Domingo de Ramos, a comemoração da entrada de Jesus em Jerusalém seja celebrada com a segunda forma prevista pelo Missal Romano. Evitem-se os ajuntamentos dos fiéis; os ministros e os fiéis tenham nas mãos o ramo de oliveira ou a palma que trazem consigo; de nenhum modo seja permitido a entrega ou a troca de ramos. Onde for oportuno utilize-se a terceira forma do Missal Romano, que comemora de forma simples a entrada do Senhor em Jerusalém”.
O mesmo Conselho aconselha a que a “missa crismal seja celebrada na manhã de quinta-feira Santa ou, segundo o costume de algumas Dioceses, na Quarta-feira de tarde. Se não for possível «uma representação significativa de pastores, ministros e fiéis», o Bispo diocesano avalie a possibilidade de transferi-la para outro dia, de preferência dentro do Tempo Pascal”.
O Conselho solicita que na “Quinta-feira Santa, na Missa vespertina da “Ceia do Senhor” omita-se o lava-pés. No final da celebração, o Santíssimo Sacramento poderá ser levado, como se prevê no rito, para o lugar da reposição numa capela da igreja onde se possa fazer a adoração, no respeito das normas para o tempo da pandemia”.
A CEP avança ainda que na “Sexta-feira Santa, retomando a indicação do Missal Romano (“Em caso de grave necessidade pública, pode o Ordinário do lugar autorizar ou até decretar que se junte uma intenção especial”), o Bispo introduza na oração universal uma intenção «pelos doentes, pelos defuntos e pelos doridos que sofreram alguma perda». O ato de adoração da Cruz mediante o beijo seja limitado só ao presidente da celebração”, sublinhando que a “vigília pascal poderá ser celebrada em todas as suas partes como previsto pelo rito”.