O vereador do PSD Cinfães votou contra a proposta para a aprovação do mapa de fluxos de caixa de 2020 e 1.ª revisão ao orçamento municipal de 2021, um dos temas que dominou a última reunião do executivo.
Na origem do voto contra e em comunicado enviado ao Novum Canal, o vereador social-democrata lamentou os “atrasos no envio de documentos para as reuniões do executivo municipal”.
O vereador demonstrou “preocupação com a diminuição nos últimos anos dos quadros técnicos do município na área da contabilidade e gestão e referiu que “reconhece o enorme esforço e competência de Maria das Neves tem demonstrado ao longo do tempo”, no entanto, esclarece que “esta falha de pessoal tem conduzido a alguns atrasos no envio de documentos para as reuniões do executivo municipal”.
Bruno Rocha destacou que “por diversas vezes alertou para esses atrasos que inviabilizam uma análise mais cuidada e aprofundada dos documentos”, razão pela qual optou pelo voto contra referindo que “não conhece os documentos, uma vez que não foram enviados e que não estaria a cumprir com os deveres do seu cargo se votasse os documentos sem os conhecer”.
Antes da ordem do dia, o vereador eleito pela Coligação Viva Cinfães relevou a inclusão no Plano de Recuperação e de Resiliência das tão esperadas ligações à A4 e do IC35.
O vereador relembrou que “foram muitas as promessas não cumpridas” e “muitos foram os estudos, projetos e planos sem que nunca houvesse a concretização destas obras”.
“No entanto, é certo que é melhor estas obras estarem incluídas neste documento do que não estarem, restando a esperança que seja desta que as obras avancem” disse.
O eleito pela Coligação Viva Cinfães destacou que a “população de Louredo tem se queixado da falta de segurança da denominada “Curva da Vacaria” em São Cristóvão”, afirmando “que os proprietários estarão disponíveis a ajudar numa solução que melhore a circulação e a segurança naquela estrada municipal e solicitou ao executivo que estude e execute melhoramentos neste local”.
O vereador advertiu, ainda, para o facto de, na mesma população, existirem de relatos de novas “descargas da estação elevatória para o Ribeiro Sampaio”.
“Este tema já foi analisado noutras reuniões do executivo, já está diagnosticado o problema, falta atuar e resolver definitivamente o problema. Esta situação para além das questões ambientais, poderá interferir com alguns investimentos que foram realizados e outros que se prevê realizar na área do Turismo, naquela zona do concelho”, lê-se no comunicado que nos foi enviado.

Bruno Rocha, com o aproximar do dia da Árvore, Bruno Rocha, sugeriu que juntamente com os técnicos da autarquia e com as associações ambientais do concelho, se procedesse a uma campanha de reflorestação com especial atenção às zonas que foram afetadas nos últimos anos por incêndios florestais.
Ao Novum Canal, relativamente ao mapa de fluxos de caixa de 2020 e 1.ª revisão ao orçamento municipal de 2021 e eventual falta de documentos apontada pelo vereador, a Câmara de Cinfães esclareceu que o município apresenta um saldo orçamental positivo, desta vez de mais de 2.850.000 euros, apesar dos inúmeros apoios às famílias e às empresas.
“Graças à boa e rigorosa gestão, mais uma vez o município apresenta saldo orçamental positivo, desta vez de mais de 2.850.000 euros, apesar dos inúmeros apoios às famílias( rendas, bolsas de estudo, apoios sociais, apoio à natalidade, entre outros), às empresas( apoios financeiros á manutenção da atividade laboral e postos de trabalho em tempo de pandemia, isenção de taxas de licenciamento, programa de estágios jovem ativo, etc.), às instituições( subsídios correntes, apoio a obras e à aquisição de viaturas, fornecimento de equipamentos de proteção individual, entre outros) e ao investimento em muitas obras estruturantes para o concelho. Tudo isso sem pagamentos em atraso( por isso o município nem é obrigado a cumprir a lei dos compromissos e pagamentos em atraso), e sem aumento de impostos( IMI mínimo e familiar, derrama zero, IRS desconto de 2%, isenção de taxa de resíduos urbanos, etc)”, refere o executivo municipal que acrescenta que “naturalmente que é necessário incorporar esse saldo orçamental para continuar o ritmo elevado de execução de medidas e investimentos”.
“Se existem pagamentos em dia, se existem investimentos, se existe saldo orçamental, porque razão não o haveríamos de usar, porque razão a oposição está contra, apenas por preciosismos burocráticos, ou outros?”, avisa a autarquia que acrescenta: “as atitudes ficam com quem as toma!”.
Quanto à questão da falta de segurança da denominada “Curva da Vacaria” em São Cristóvão”, a câmara recordou que a “Junta de Freguesia já tinha referenciado a situação e os serviços municipais estão a trabalhar no assunto”.
Já quanto aos relatos de novas descargas da estação elevatória para o Ribeiro Sampaio, o executivo municipal reforça que “desde final de 2017 que não temos conhecimento nem nos foram referidas quaisquer descargas anormais”.
No que concerne à proposta de promover uma campanha de reflorestação com especial atenção às zonas que foram afetadas nos últimos anos por incêndios florestais, o município avisa que a “reflorestação tem vindo a ser realizada há alguns anos a esta parte( como é do conhecimento da maioria da população…), com a Câmara Municipal em parceria com a Associação florestal Douro Tâmega, sapadores florestais, ICF e Associação ambientalista “A BOLOTA”, associação de baldios, com a plantação de espécies autóctones, como exemplo carvalho, castanheiro, medronheiro, entre outras plantas de diversas espécies. Ao mesmo tempo e nos últimos anos tem-se gradualmente procedido ao combate a espécies invasoras, nomeadamente acácias”.