No dia em que os alunos reiniciaram às aulas à distância, o Sindicato de Todos os Professores (S.T.O.P) manteve o pré-aviso de greve e iniciou esta segunda ate sexta-feira uma greve nacional para salvaguardar todos os profissionais de educação que “sintam a sua saúde/vida em risco”.
O sindicato num mensagem que partilhou no seu site e na sua página oficial revela que o “Governo e o Ministério da educação continuam a tentar enganar e a desconsiderar Profissionais da Educação e as comunidades educativas”.
Na mesma mensagem o S.T.O.P descrimina várias datas que justificam, na ótica do sindicato, a alusão de que o Governo “continuam a tentar enganar e a desconsiderar Profissionais da Educação e as comunidades educativas”, esclarecendo que “em abril de 2020, António Costa prometeu que, no próximo ano letivo, todos os alunos teriam DIREITO a um computador e acesso à rede” e “em outubro 2020 prometeram realizar testes de diagnósticos rápidos nas escolas mas, até há bem pouco tempo, tal não foi verificado (apesar da Cruz Vermelha ter disponibilizado gratuitamente meio milhão de testes para as Escolas em setembro)”.
O STOP considera mesmo que o Governo e o Ministério da Educação “esconderam deliberadamente à sociedade que, mais de metade de todas as escolas públicas, tiveram casos de Covid-19, numa tentativa manifestamente de má fé para enganar, mais uma vez, todas as comunidades educativas”, recordando que “em janeiro 2021, antes do encerramento das escolas, mas já com pandemia descontrolada, o governo defende que as Escolas têm que continuar abertas (devido à sua função essencial), mas os Profissionais da Educação estavam e continuam sem ter o direito à integração na lista prioritária de vacinação”.

Já no atual confinamento, revela o S.T.O.P “o governo diz que as empresas têm de pagar telefone e net aos trabalhadores no contexto do teletrabalho, MAS o ME continua a não garantir o mesmo para os professores e alunos”.
O sindicato relembra que “a 3 fevereiro de 2021, apesar de diretamente interpelado pelo S.TO.P. numa reunião negocial, o ME nem sequer se dignou a responder como pretende salvaguardar a situação dos professores com filhos menores no contexto do E@D”.
O S.T.O.P fala em “irresponsabilidade” e aponta a “falta de condições”, como razões para manter os pré-avisos de greve.
“Face à irresponsabilidade do governo em não ter garantido as condições para o ensino à distância e não ter garantido as condições para todos os Profissionais da Educação/alunos que estão a ir para as escolas, o S.TO.P. vai manter os pré-avisos de greve para dia 8 e até dia 12 fevereiro. Também alertamos o governo que tem de começar, desde já, a preparar o regresso ao ensino presencial o mais cedo possível mas com condições de segurança e qualidade para todas as comunidades educativas”, acrescenta o sindicato que sublinha que esta greve nacional de 8 a 12 de fevereiro além de pressionar o Governo a melhorar as condições referidas “permitirá que todos os Profissionais de Educação que sintam a sua saúde/vida em risco a possam salvaguardar”.