Fotografia: CHTS
O Serviço de Urologia do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) tem a maior experiência nacional de cirurgia renal mini invasiva por uma técnica ainda menos invasiva que a laparoscopia tradicional, a retroperitoneoscopia.
Segundo o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) “trata-se de uma abordagem direta do rim, pela região lombar, usando três ou quatro orifícios muito pequenos. Comparada com a cirurgia laparoscópica tradicional, esta é uma técnica cirúrgica menos invasiva, pois evita usar a cavidade abdominal”.
O CHTS avança que “nos últimos oito anos, foram já intervencionados perto de 300 doentes por esta técnica, com benefícios significativos em termos de recuperação pós-operatória, o doente tem menos dores e com redução do tempo de internamento hospitalar. Muitos destes doentes, operados por tumores ou por outras doenças renais graves, tiveram alta no dia seguinte ou dois dias após a cirurgia”, lê-se no comunicado que nos foi enviado.
“É uma cirurgia mais difícil do que a cirurgia laparoscópica tradicional, pois a área de trabalho é mais reduzida. Não sendo, por isso, uma cirurgia banal, é uma técnica com uma curva de aprendizagem longa que exige a realização de vários cursos de preparação em Estrasburgo e Bordéus”, explica Joaquim Lindoro, diretor do Serviço de Urologia”, acrescenta a nota à imprensa.
O CHTS manifesta, ainda, que na semana passada, o Serviço de Urologia, no Hospital Padre Américo, deu mais um passo na diferenciação desta técnica muito pouco usada em Portugal, tendo sido “realizada pela segunda vez, com êxito, a remoção de um tumor da glândula suprarrenal, órgão abdominal de localização muito profunda entre o rim e o fígado”.
“Não houve necessidade de atravessar a cavidade abdominal, tendo a cirurgia durado pouco mais de duas horas. Este êxito é o resultado da eficiência de uma equipa cirúrgica orientada pelo urologista Fernando Vila, um grupo de enfermagem liderado pela enfermeira Cristina Ferreira e de uma equipa anestésica orientada por Susana Domingos, anestesiologista”, atesta a nota de imprensa.
O CHTS avança, ainda, que “toda a estrutura hospitalar funciona como apoio desta cirurgia deveras sofisticada, tendo-se conseguido preservar intacta a perícia de todos os intervenientes apesar de todos os constrangimentos resultantes da pandemia”.
Citado em comunicado, o presidente do Conselho de Administração do CHTS, Carlos Alberto, realça que “este é mais um exemplo de como, apesar da pandemia COVID-19, se mantém sempre presente a necessidade de tratar os outros doentes, sem deixar ninguém para trás”.
O responsável pelo CHTS assume que é desiderato do centro hospitalar melhorar os indicadores já alcançados em 2020.
“Nesta retoma do tratamento aos doentes não Covid, queremos tentar ainda melhorar os indicadores já alcançados em 2020, em que, apesar de todos os constrangimentos, baixamos as listas de espera de Consulta e Cirurgia de todas as especialidades para menos de 9 meses, exceto algumas cirurgias de ortopedia que ainda têm mais de 9 meses de espera. A população do Tâmega e Sousa merece e os profissionais do CHTS não deixam ninguém para trás”, afirma.