Paços de Ferreira vai ter primeira Unidade Fotovoltaica, num investimento superior a oito milhões de euros

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Fotografia: Câmara de Paços de Ferreira

A Câmara Municipal de Paços de Ferreira aprovou a instalação de uma infraestrutura territorial de produção de energia solar fotovoltaica, num investimento superior a oito milhões de euros.

O município declara que o investimento será realizado pelo grupo alemão “Enerparc AG, que detém outros investimentos em curso em Portugal e em vários países da Europa e será totalmente isento de subsídios ou apoios estatais”.

A autarquia pacense esclarece que instalação de uma infraestrutura territorial de produção de energia solar fotovoltaica produzirá “anualmente a eletricidade consumida por quase um terço de todo o consumo doméstico do seu concelho (31%) ou perto de um quarto (23%) do volume de eletricidade necessária para alimentar a sua forte indústria de mobiliário e colchões (ref. valores de consumo eletricidade DGEG, 2019)”.

O município esclarece que este investimento vem de encontro aos objetivos do Plano Nacional de Energia e Clima.

“Assumindo a dianteira na resposta ao apelo para a Emergência Climática, a Câmara Municipal abraçou os objetivos do Plano Nacional de Energia e Clima e a urgência da ligação de novas infraestruturas de energia solar fotovoltaica, em pontos bem definidos da rede elétrica nacional nas imediações do seu território”, refere a nota que nos foi enviada que esclarece que o “mesmo plano determina que estas deverão estar prontas e a funcionar dentro de aproximadamente dois anos, o que contribuirá para permitir e desligar as atuais e poluentes centrais termoelétricas em Portugal”.

A câmara municipal avança que com esta nova infraestrutura, “serão instalados painéis fotovoltaicos que sombrearão aproximadamente 5 hectares de coberto vegetal e evitar-se-á a emissão anual de quase 7.000 toneladas/ano de CO2 para a atmosfera, mais de 200.000 toneladas CO2 (ref ERSE, fatores de emissão de CO2 central a gás 2019) ao longo da sua vida útil, o equivalente ao CO2 que seria capturado por uma floresta de pinheiro-bravo plantada sobre uma área superior a 300 hectares”.

O executivo esclarece, por outro lado, que “tendo presente a urgência da descarbonização da economia, a Câmara Municipal de Paços de Ferreira determinou que se procurasse o melhor compromisso na integração da infraestrutura no seu território”, sublinhando que o “resultado de um esforço conjunto, as equipas técnicas do município e do promotor-investidor acordaram medidas específicas de enquadramento paisagístico e de promoção de biodiversidade e conservação de ecossistemas que serão asseguradas no projeto”.

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Fotografia: Câmara de Paços de Ferreira

O executivo assegura que este investimento será ainda “gerador de empregos qualificados de longo prazo, a contratar localmente para a exploração da infraestrutura e mobilizará, direta e indiretamente, algumas dezenas de trabalhadores na sua instalação”.

“Com esta instalação, Paços de Ferreira tomará uma posição dianteira entre os concelhos do Norte do país, distinguindo-se pela convergência para a neutralidade carbónica, fator altamente diferenciador no momento de decisão de novos investimentos, por investidores cada vez mais conscientes da urgência de respostas à emergência climática”, lê-se  no comunicado.