Fotografia: AHRESP
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) revela, com base em dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que o “alojamento turístico regride para valores de 1984”.
“De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE) no ano de 2020, os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 10,5 milhões de hóspedes e 26 milhões de dormidas, o que se traduz em quebras de 61,3% e 63%, respetivamente. O mercado nacional registou 13,6 milhões de dormidas (-35,4% face a 2019), o valor mais baixo desde 2013, e os turistas internacionais não foram além das 12,3 milhões de dormidas, menos 74,9% face a 2019 e o valor mais baixo desde 1984. Em relação aos mercados internacionais, o Reino Unido manteve-se como principal mercado emissor em 2020, representando 16,3% das dormidas de não residentes, apesar do decréscimo de 78,5% relativamente a 2019. Seguiram-se os mercados alemão e espanhol”. Em comunicado enviado ao Novum Notícias, a AHRESP refere que as novas candidaturas às medidas APOIAR.PT e APOIAR Restauração, estão suspensas desde o passado dia 5 de fevereiro.
A associação avisa, no entanto, que “as empresas podem solicitar o reforço do incentivo, mediante a introdução dos valores de faturação do 4º trimestre de 2020, devendo fazê-lo até à próxima sexta-feira, dia 19 de fevereiro. Da mesma forma, no caso da medida APOIAR Restauração, as empresas têm até 19 de fevereiro para acrescentar dias de suspensão de atividade”.
A associação adverte, também, que a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou a Estratégia Nacional de Testes, promovendo alterações à norma sobre a Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2 e outra sobre Rastreio de Contactos da DGS.

“No atual contexto epidemiológico continuam a ser testadas todas as pessoas, assim que desenvolvam sintomas suspeitos de COVID-19 e todos os contactos de alto risco e de baixo risco de um caso confirmado. Os contactos de caso confirmado devem ser testados com testes moleculares, que continuam a ser o método de referência para o diagnóstico de COVID-19. O isolamento profilático mantém-se de cumprimento obrigatório para os contactos de alto risco, independentemente do resultado dos testes laboratoriais.
A associação manifesta que “para o controlo da transmissão comunitária devem ser realizados rastreios laboratoriais regulares nos concelhos com mais casos, nos seguintes contextos: nos estabelecimentos de ensino com estudantes do ensino secundário, nos estabelecimentos prisionais, nos contextos ocupacionais de elevada exposição social (nomeadamente, fábricas, construção civil, entre outros)”.
As alterações entraram em vigor na passada segunda-feira.
A AHRESP avança, ainda, que os Planos de Recuperação e Resiliência nacionais devem ser submetidos à Comissão Europeia até Abril de 2021, estando o plano português em consulta pública.
A associação considera mesmo que este é “um amplo documento estratégico, onde estão plasmadas reformas estruturais, consideradas fundamentais para assegurar a saída da crise pandémica e garantir um futuro resiliente para Portugal”.
“A HOTREC, federação europeia que agrega as associações de restauração e hotelaria a nível europeu, considera que os planos de Recuperação e Resiliência são uma oportunidade, sem precedentes, para apoiar reforma e para ajudar o setor na transição verde e digital, reforçando assim a sua resiliência económica e social. O European Tourism Manifesto, aliança pelo Turismo a que a HOTREC e várias outras entidades pertencem, como confederações empresariais e sindicais europeias, vieram agora demonstrar o seu agrado pelo facto de vários países terem feito menção específica aos investimentos na área do Turismo”, acrescenta a associação que deixa um apelo para que todos os outros Estados Membros sigam a mesma linha de investimento em serviços e infraestruturas, diretamente relacionadas com o turismo.
A associação realça que “para ajudar os estados membros a preparar os seus planos, a aliança preparou um plano detalhado com uma lista de ideias para reformas e investimentos que podem contribuir para que o Turismo ajude as empresas a tornarem-se mais resilientes.
A AHRESP reitera o apelo do European Tourism Manifesto e, tendo em conta que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português já se encontra em consulta pública, apela ao Governo português que tenha em consideração os projetos que beneficiem este importante setor turístico nacional”, concretiza, sublinhando que são inúmeras as pequenas e médias empresas que dependem destes setores, contribuindo para potenciar o emprego e a economia.