Fotografia: Página Oficial do Facebook de Carlos do Carmo
O Conselho de Ministros aprovou, esta sexta-feira, por via eletrónica, o decreto que declara o dia 4 de janeiro de 2021 como dia de luto nacional.
O Governo, com esta medida, pretende “prestar justa homenagem a Carlos do Carmo”, reconhecendo que o fadista foi “uma das maiores vozes de Portugal e um nome incontornável na cultura nacional e internacional”.
“Com mais de 50 anos de carreira, Carlos do Carmo de Ascensão Almeida marcou a música e cultura portuguesas, em geral, e o Fado, em especial, tendo contribuído para a sua classificação como Património Imaterial da Humanidade, em 2011”, refere a publicação do conselho de ministros, salientado que um dos seus maiores contributos para a cultura portuguesa foi a “forma como militantemente renovou o fado e o preparou para o futuro, libertando-o do estigma de símbolo da ditadura e trazendo-o para o Portugal democrático. Tal militância mobilizou novos compositores e poetas, encorajou novos intérpretes e captou novos públicos”.
A mesma publicação refere que “Carlos do Carmo foi agraciado com inúmeras distinções e condecorações, das quais se destacam o grau de Comendador da Ordem do Infante Dom Henrique (1997), o grau de Grande Oficial da Ordem do Mérito (2016) e a Medalha de Mérito Cultural (2019)”, acrescentando ter sido um “notável fadista, consagrado pelo público e pela crítica, contribuiu de forma inegável para o património cultural universal, razão pela qual lhe foi atribuído o Grammy latino “Lifetime Achievement Award” (2014), uma das mais importantes distinções da indústria musical internacional”.