Município de Lousada solicita avaliação global e técnica da pertinência de manter em funcionamento todos os níveis de ensino

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Fotografia: Câmara de Lousada

O presidente da Câmara de Lousada informa, em nota que partilhou na sua publicação oficial online que esteve reunido, esta na terça feira de manhã, com a Autoridade de Saúde Local, que solicitou uma avaliação global e técnica da pertinência de manter em funcionamento todos os níveis de ensino, avançando que se autoridade de saúde decidisse encerrar alguns níveis escolares, que pudesse ser o secundário porque tem mais autonomia e isso não afetaria os pais.

“ Esta situação ainda não foi decidida porque se espera por uma decisão global a nível governamental, de forma a promovermos a menor mobilidade possível de alunos, mesmo com a total convicção de que a comunidade escolar tudo está a fazer para garantir que as escolas são seguras para todos”, refere Pedro Machado na publicação que partilhou na sua página oficial do facebook,  destacando que o executivo face à situação “dantesca” que o país vive, tem procurado agir na antecipação de cenários.

“Garantimos que exista uma forte capacidade de testagem no nosso centro de testes no Complexo Desportivo de Lousada, reforçamos o apoio e contacto próximo com as Unidades de Saúde, Bombeiros e GNR, assim como a colaboração entre instituições”, precisa.

O responsável pelo executivo manifesta, também, que o município promoveu “uma maior fiscalização e esclarecimento aos cidadãos, aos estabelecimentos comerciais e colocamos a polícia municipal numa postura proactiva e colaborativa, a informar as pessoas, tentando atuar junto dos estabelecimentos escolares, impedindo aglomerados de pessoas e o cumprimento de regras”, sublinhando que esta quarta-feira o ACeS iniciou a vacinação prevista a grupos de risco onde se incluem os Lares de Idosos, famílias de acolhimento e Lar Residencial de apoio à Deficiência.

Pedro Machado exorta, ainda, à necessidade de agir já para que seja mais rápido recuperar a normalidade, frisando que não há medidas fáceis e todas elas envolvem grandes prejuízos familiares, sociais e económicos para todos.

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Fotografia: Câmara de Lousada

“Ontem foi o dia mais negro da pandemia por covid19 em Portugal e jamais poderemos ignorar o facto de atingirmos centenas de mortos diários. Em Lousada, fomos dos primeiros a ser confrontados com esta realidade e agimos de imediato, quando a informação e o conhecimento sobre esta doença eram muito escassos. Vivemos períodos muito complicados na nossa região e concelho no mês de novembro, com claras repercussões a nível social e económico, mas acima de tudo em termos de saúde pública. O cenário com que Portugal se debate atualmente é dantesco e tremendamente grave. Apesar de tudo, a situação epidemiológica de Lousada não está em níveis como no passado recente, mas isso não nos pode tranquilizar, antes pelo contrário”, expressa, reconhecendo “não há medidas fáceis e todas elas envolvem grandes prejuízos familiares, sociais e económicos para todos. Compreendo a dificuldade dos empresários, comerciantes, profissionais do setor do turismo e restauração, assim como os trabalhadores em geral, mas acima de tudo, temos que compreender o esforço que os profissionais de saúde estão a fazer por todos nós”.

O presidente da câmara municipal fez, ainda, um apelo à responsabilidade individual de cada um, confirmando que a prioridade “é a saúde pública e impedir uma maior escalada de casos. Se nada fizermos, mesmo a situação vivida em Lousada, sendo minimamente estável, acabará por disparar, uma vez que não vivemos numa bolha, completamente isolados dos outros concelhos. Por isso, peço a máxima cautela a cada um de nós e que, para além do trabalho, nos limitemos apenas às funções estritamente essenciais. Facilitar num ou outro aspeto poderá trazer graves consequências para todo o núcleo familiar e comunitário. Não podemos falhar. Não podemos facilitar!”.

O vereador da Saúde, na sua página oficial, avança, igualmente, que a autarquia tem vindo a falar com “os responsáveis da UNILABS de modo a garantir uma grande capacidade de testagem para as necessidades que possam existir junto da nossa população”.

“Acabei de fazer uma simulação online, verificando que seria possível agendar teste PCR para daqui a meia hora. Portanto, a disponibilidade de meios está acautelada”, afirma, afiançando que “tudo está a ser feito para garantir que nada falha neste período bastante difícil para o país”.