Fotografia: Câmara de Lousada
A construção de um charco na sequência das obras de Renaturalização e Criação de Zonas de Infiltração nas Margens do Rio Sousa em Pias, ainda em execução em Pias, Lousada, permitiu que as margens do rio fossem suavizadas, funcionando, também, como instrumento de controlo das cheias.
A autarquia esclarece, na sua publicação oficial online, que com os períodos intensos de chuva era frequente “a margem esquerda do rio Sousa, a jusante dos moinhos de Pias, o leito galgar e percorrer desgovernadamente os campos circundantes, erodindo-os”.
Com esta intervenção ambiental, o município avança que o charco passou a funcionar como “papel como bacia de retenção, atuando como uma “esponja”, que armazena a água e abastece os aquíferos subterrâneos. Uma vez estabilizado e colonizado por plantas aquáticas, funcionará ainda como sumidouro de carbono, contribuindo ainda na purificação da água. Os anfíbios e libélulas, dependentes destes habitats para completarem o seu ciclo de vida, serão também excelentes controladores de pragas agrícolas e insetos vetores de doenças”.
A câmara municipal manifesta que “os charcos constituem elementos fundamentais para a qualidade ambiental e paisagística de qualquer região, detendo ainda um excelente potencial pedagógico”.

A Câmara de Lousada avança, ainda, que foram recentemente aprovados e já se encontram em vigor dois novos regulamentos o regulamento da Paisagem Protegida Local do Sousa Superior e o regulamento Municipal de Gestão de Arvoredo e dos Espaços Naturais do Município de Lousada.
Ambos têm como objetivos proteger os valores naturais e melhorar a qualidade de vida de todos os munícipes.
O regulamento da Paisagem Protegida Local do Sousa Superior “é aplicável aos 1609 hectares das oito freguesias abrangidas pela área protegida”.
Quanto ao novo Regulamento Municipal de Gestão de Arvoredo e dos Espaços Naturais do Município de Lousada, este instrumento, declara o município, tem como principal objetivo “proteger as árvores de grande porte do concelho – os Gigantes Verdes –, bem como outra vegetação de relevante valor para a conservação da natureza, de abates, podas ou outras intervenções danosas”.
“ Este Regulamento aplica-se a todo o território concelhio, em áreas públicas e privadas”, acrescenta a câmara municipal que esclarece que “ambos os regulamentos foram alvo de discussão pública formal”, sendo que brevemente “vão ser apresentados em sessões públicas”, com a finalidade de dar a conhecer aos munícipes as normas aplicáveis e se envolvam também na proteção da herança natural.