Autarca de Lousada releva isenção de comissões no MB Way até 150 euros

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O vereador da Ação Social da Câmara de Lousada, Nélson Oliveira, relevou a entrada em vigor da isenção de comissões para valores até 150 euros, na aplicação MB Way.

O autarca, em declarações ao Novum Canal, assumiu que o “MB Way é uma extraordinária ferramenta que merece ser ampliada para a generalidade da população e isso só se consegue com a ausência de comissões bancárias”, disse.

O vereador destacou que face ao momento que vivemos, “esta é um plataforma que permite trocas comerciais sem qualquer necessidade de manuseamento de dinheiro ou nos terminais multibanco existentes em cada loja, promovendo assim uma maior segurança nas compras de cada um e com a total fiabilidade e garantia da SIBS (empresa responsável pela gestão das Redes ATM Express e MULTIBANCO)”.

Refira-se que o município lousadense já tinha, em março, solicitado ao Governo que implantasse esta medida.

Questionado se considera que esta foi uma vitória para a câmara municipal, Nélson Oliveira reconheceu que, à data, quando a ideia foi apresentada ao Secretário de Estado do Comércio foi bem acolhida e começou a ser trabalhada.

“Não posso dizer que esta iniciativa só foi feita por causa da insistência do Município de Lousada, mas logo em Março, quando propusemos isto ao Secretário de Estado do Comércio, com via a tornar as compras mais seguras durante a fase de pandemia, a ideia foi bem acolhida e começou a ser trabalhada pelo Governo e pela Assembleia da República de modo a terminar com as comissões bancárias que estariam a colocar inúmeros entraves à difusão desta ferramenta que será, cada vez mais útil para todos nós, incluindo a possibilidade de proceder a pagamentos online ou presencialmente, assim como enviar dinheiro a outras pessoas, entre diversas possibilidades”, expressou, sustentando que esta é “apenas mais uma medida que contribuirá para ajudar” a minimizar o número de infeções por Covid-19 “e que “faz todo o sentido face aos cuidados de limpeza e higiene que devemos promover”.

O responsável pelos pelouros da Ação Social e da Economia escreveu, a este propósito, na su página oficial do facebook e numa referência à entrada em vigor da  medida que esta vai “facilitar as transações económicas sem trocas físicas de dinheiro, facilitando também a vida das pessoas”, recordando que “o Santander e Novo Banco aplicam isenções nas comissões para qualquer valor”.

Interpelado sobre o processo de vacinação aos profissionais de saúde dos Centros de Saúde em Lousada, Nélson Oliveira concretizou que este iniciou na semana passada dentro do prazo previsto.

“Apesar de tudo, este é um processo que será progressivo ao longo das próximas semanas e, dessa forma, se não houver problemas de fornecimento de vacinas, julgo que decorrerá normalmente”, atalhou, sublinhando que a adesão dos profissionais de saúde relativamente à vacina contra a Covid-19 tem sido elevada.

“Sinceramente não entendo a utilidade de notícias falsas que inventam mortes ou cenários próprios de filmes de ficção sobre as vacinas. Temos que acreditar na ciência. Não fossem as dezenas de vacinas que cada um de nós tomou ao longo da vida que certamente a nossa saúde estaria muito mais frágil”

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“A adesão dos profissionais de saúde à vacina tem sido altíssima e, por esse motivo, temos aqui o seu exemplo perante a confiança que assim transmitem ao resto da população, acreditando na ciência e derrotando teorias da conspiração ou notícias falsas que tem conspurcado a opinião pública”, frisou, acrescentando: “sinceramente não entendo a utilidade de notícias falsas que inventam mortes ou cenários próprios de filmes de ficção sobre as vacinas. Temos que acreditar na ciência. Não fossem as dezenas de vacinas que cada um de nós tomou ao longo da vida que certamente a nossa saúde estaria muito mais frágil. É tempo de confiarmos na ciência e recusarmos esta “moda” de contestarmos tudo com base em algo que lemos nas redes sociais. Temos que confiar nos técnicos, nos especialistas e nas pessoas que estudaram décadas sobre estes assuntos, assim como nos organismos de saúde mundiais que analisam e validam estes estudos”.

Sobre o processo da  administração da vacina aos utentes dos lares, o autarca assumiu que provavelmente esta começará a ser administrada durante este mês de janeiro.

“Mas essa situação está a ser gerida centralmente pelo Ministério da Saúde, pelo que aguardo com expectativa o cumprimento desta medida junto dos lares”, avançou, sustentando que quanto aos demais cidadãos e utentes que se perspetiva possam vir a receber a vacina numa fase posterior, o “calendário da administração de vacinas foi publicado pelo Ministério da Saúde e pode ser consultado por cada um de nós, de acordo com a sua faixa etária e presença ou não de patologias associadas”.

Interrogado se acredita que a vacina vai chegar a todos os lousadenses, o vereador foi perentório: “tem que chegar. Da parte do município estamos disponíveis para ajudar no que for necessário e dissemos isso mesmo, em tempo útil ao Ministério da Saúde. Aquando a vacina da gripe, celebramos um protocolo com as farmácias locais para ajudarmos nesta administração e por isso, estamos disponíveis para ajudar o SNS a vacinar o maior número de Lousadenses. Creio que teremos a necessidade de envolver as farmácias locais e criarmos centros de vacinação nos concelhos para quando chegarmos à altura de vacinar a maioria da população em idade ativa”.

O Novum Canal inquiriu, ainda, Nélson Oliveira, sobre o ligeiro  aumento de infeções por Covid-19 no concelho após a quadra natalícia.

“O aumento era expectável tal como podemos comprovar com a realidade dos outros países e também em Portugal, mas é sempre algo que temos que alertar a nossa população, informando sobre o ponto de situação que vivemos. De acordo com o recente relatório da ARS somos o concelho no distrito do Porto com a mais baixa taxa de incidência, mas já sentimos os números a subirem, tal como nos outros concelhos. A explicação é a conhecida: quadra natalícia e encontros familiares. Por essa via é importantíssimo contermos estes contágios o mais depressa possível, de modo a que uma alegada terceira vaga seja bastante menor que a última que vivemos e que teve particular incidência na nossa região”, confirmou.

Já quanto ao contágios que possam advir do Ano Novo e se considera que possam ficar aquém dos registados agora no Natal, Nélson Oliveira declarou que só se conseguirá fazer essa leitura daqui a uma ou duas semanas.