Fotografia ilustrativa: Associação Humanitária dos Bombeiros de Paredes
Carlos Silva é o novo presidente da direção dos Bombeiros de Paredes, eleito em lista única, tendo a coadjuvá-lo José Carlos Barbosa, que transita da anterior direção, e José Santos, tesoureiro.
Ao Novum Canal, o recém-eleito presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros de Paredes realçou que a decisão de avançar para uma candidatura aos órgãos sociais começou a ganhar forma com a indisponibilidade do ex-presidente, Mário Sousa, de continuar à frente da instituição, depois de ter estado 18 anos ao comando da direção.
Associada a esta explicação, Carlos Silva confirmou que foi desafiado pelo presidente da direção cessante e integrar uma lista à presidência, tendo aceite o repto e escolhido uma equipa que além de manter o núcleo duro da anterior direção integra, pela primeira vez, avançou, duas senhoras, que vão passar a desenvolver funções de secretária e vogal.
Carlos Silva avançou, ainda, que a disponibilidade de contribuir para os bombeiros e o facto de já ter colaborado como vogal na equipa de Mário Sousa levaram-no, por outro lado, a aceitar o desafio que lhe tinha sido lançado.
Falando daquilo que são os seus objetivos, o responsável pela direção manifestou que é seu propósito manter a estabilidade direção/comando, efetuar obras nos balneários da base de apoio logístico de Paredes, renovar o pavimento do parque das ambulâncias e substituir a central, num investimento global de cerca de 200 mil euros.
Interpelado sobre a dimensão dos efeitos que a crise sanitária teve na corporação, Carlos Silva reconheceu que, à semelhanças de outras corporações, também Paredes teve uma quebra significativa de serviços e receitas, sobretudo, ao nível do transporte de doentes não urgentes.
O recém-eleito presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Paredes declarou que até ao balancete de outubro, a corporação registou quebras de faturação de cerca de 75 mil euros, sendo que a quebra de serviço foi igualmente visível no Posto de Emergência Médica do INEM.
“Face à situação procuramos encontrar formas alternativas para minimizar estes problemas, contamos com o apoio da Câmara de Paredes que nos ajudou com a campanha das máscaras, no âmbito da ação solidária, e realizamos um peditório no concelho que até estava a correr de feição, mas com a entrada em vigor do novo estado de emergência e das medidas de restrição tivemos que suspender, sendo nosso objetivo retomar este peditório no início do próximo ano”, esclareceu.
Carlos Silva avisou que além das quebras verificadas na faturação, os Bombeiros de Paredes tiveram que fazer face à aquisição de material de proteção individual Covid-19, recordando que cada equipamento custa cerca de 15/16 euros.
No que toca ao parque de viaturas, o atual presidente da direção revelou que a corporação tem 25 viaturas, reconhecendo que existem duas ambulâncias que apresentam já algum desgaste, estão a ficar obsoletas, e em 2022, pelo menos uma das viaturas terá de ser substituída.
“É mais um esforço acrescido para a instituição”, disse, lançando um repto à comunidade e demais atores e agentes para que continuem a apoiar os bombeiros e a coletividade.