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Casos de infeção por VIH voltou a descer em 2019

Fotografia: DGS

O número de infeções por VIH voltou a descer em 2019, refere a Direção-Geral de Saúde (DGS) no relatório “Infeção VIH e Sida” que se encontra publicado no site da DGS no dia em que se assinala o Dia Mundial da Sida.

Segundo a DGS, a tendência decrescente do número de novos casos de infeção por VIH já se verificava desde o ano 2000.

De acordo com o relatório “Infeção VIH e SIDA em Portugal – 2020”, produzido pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), entre 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2019 foram diagnosticados 778 novos casos de infeção por VIH, menos 331 casos do que no ano de 2018.

“Além da redução no número anual de novos diagnósticos de infeção, este ano destaca-se também uma percentagem de diagnósticos tardios inferior a 50%. O relatório indica que a percentagem de diagnósticos tardios passou de 54,4% em 2018 para 49,7%, o que demonstra o esforço que tem sido feito para diagnosticar mais e mais precocemente”, lê-se na nota de imprensa da DGS.

De acordo com a mesma fonte, “a maioria (69,3%) dos novos casos de infeção por VIH registaram-se em homens (2,3 casos por cada caso comunicado em mulheres) e a mediana das idades à data do diagnóstico foi de 38 anos. Em 24,1% dos novos casos, os indivíduos tinham idade igual ou superior a 50 anos. Embora a transmissão heterossexual se mantenha como a mais frequente, os casos em homens que têm Sexo com homens (HSH) constituíram a maioria dos novos diagnósticos em homens (56,7%)”.

No que diz respeito à área de residência, os dados referem que  “50,4% dos indivíduos residiam na Área Metropolitana de Lisboa (13,7 casos/100.000 habitantes) e a região do Algarve apresentou a segunda taxa mais elevada de diagnósticos (13,5 casos/100.000 habitantes)”.

O relatório esclarece que “no período em análise, não foi notificado nenhum caso de transmissão de VIH em crianças”.

Relativamente aos óbitos, “foram comunicados 197 óbitos em doentes infetados por VIH durante o ano de 2019, sendo que em 46,2% destes casos as pessoas já tinham atingido o estádio Sida”.

“Analisando os dados acumulados, até 31 de dezembro de 2019 foram identificados em Portugal 61.433 casos de infeção por VIH, dos quais 22.835 atingiram o estádio de SIDA. Entre 2009 e 2018 registou-se uma redução de 47% no número de novos casos de infeção por VIH e de 65% em novos casos de SIDA”, refere o relatório que acrescenta que “para a obtenção de melhores resultados com impacto no diagnóstico precoce, importa reforçar e manter as respostas comunitárias, estimular o alargamento da realização do teste rápido nas farmácias comunitárias a outras regiões do país, divulgar as diferentes opções para a realização do rastreio, incluindo a disponibilidade do autoteste e promover a literacia da população e dos profissionais de saúde. Iniciativas como a “Cidades na via rápida para acabar com a epidemia de VIH” são fundamentais na prossecução dos objetivos traçados”.

Fotografia: DGS

O relatório da DGS e do INSA refere que apesar do caminho de sucesso que tem sido trilhado neste domínio, o país mantém-se entre os países da União Europeia que apresentam as taxas mais elevadas de casos diagnosticados”, indicador que faz, confirma o documento, com que “a epidemia continue a constituir um enorme desafio para a saúde pública nacional”.

 “Apesar destas características, as estimativas realizadas para a epidemia nacional revelaram que apenas 6,8% das pessoas infetadas por VIH no país não estavam diagnosticadas em 2018 e ainda, que essa proporção tem vindo a diminuir nos últimos anos, o que significa que os esforços realizados para chegar aos grupos mais vulneráveis, nos quais a prevalência é mais elevada, têm tido sucesso”, consta o relatório que declara que Portugal está a “diagnosticar mais, e mais precocemente, mas o esforço e investimento neste campo continua a ser fundamental para que situações como os diagnósticos tardios na população heterossexual do sexo masculino (67,3%) e com idades superiores a 50 anos (68,1%) deixem de ser uma realidade”.

O documento conclui que é fundamental “alavancar as estratégias de rastreio implementadas por forma a se chegar mais cedo às PVVIH. A manutenção e incremento das respostas comunitárias, o estímulo ao alargamento da realização do teste rápido nas farmácias comunitárias a outras regiões do país, a divulgação das diferentes opções para a realização do rastreio, incluindo a disponibilidade do autoteste, a promoção da literacia da população e dos profissionais de saúde, são algumas das estratégias a reforçar, com vista à obtenção de melhores resultados”.

 O relatório estabelece que “a recuperação de alguma da atividade comprometida por via da pandemia COVID-19, nomeadamente a nível dos rastreios e da prevenção (com particular enfoque na PrEP), tem de ser priorizada”, defendendo o “retorno que se pode obter com a implementação de programas de prevenção é bem conhecido e ultrapassa em muito o nível individual, sendo uma mais-valia para a sociedade e o garante de um país que respeita e protege os seus cidadãos”.

 O estudo conclui, também, que “a pandemia Covid-19 tornou visível a fragilidade dos sistemas de informação, situação que urge corrigir sob risco de comprometermos todo o esforço e investimento realizado por tantos ao longo dos anos. O compromisso de continuarmos disponíveis e a trabalhar com e para todos mantém-se e a realidade torna-o cada vez mais premente”.

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