Vários empresários do setor da restauração e da hotelaria de Paços de Ferreira concentraram-se, esta manhã, junto aos Paços do Concelho, num protesto que teve como objetivo advertir as autoridades para a falta de clientes e as dificuldades que estes dois setores estão a atravessar.
Depois de se terem deslocado em marcha lenta até à Câmara de Paços de Ferreira, uma vez aí chegados, os empresários colocaram várias cadeiras vazias, numa alusão à falta de clientes e à situação aflitiva que vivem estes dois setores.
Miguel Ribeiro, um dos responsáveis pela organização desta ação, destacou que o protesto foi organizado por um grupo espontâneo, que surgiu no fim de semana e que integra cerca de 130 espaços da restauração.
O responsável pela marcha lenta esclareceu que a ação que decorreu esta manhã e culminou com a chegada ao edifício da câmara municipal contou com 100 espaços da restauração e hotelaria e cerca de 250 pessoas.
Miguel Ribeiro realçou que o grupo de empresários foi, entretanto, recebido pelo presidente da Câmara de Paços de Ferreira, Humberto Brito, e pelo presidente da Assembleia Municipal, Miguel Gomes, e que vai reunir, esta tarde, também com o presidente da Associação Empresarial de Paços de Ferreira, tendo como objetivo, através destas instituições, pressionar o Governo a implementar novas medidas que permitam ao setor fazer face às várias dificuldades que estão a sentir.
Ao Novum Canal, Miguel Ribeiro reiterou que as medidas restritivas de limitação à circulação para os próximos dois fins de semana contribuíram para agudizar ainda mais o problema da restauração e hotelaria, na medida em que proíbem os restaurantes, por exemplo, de funcionar este as 13 e as 05 da manhã de sábado e domingo.
Miguel Ribeiro relembrou que a manter-se a atual situação e sem apoios, há o risco de haver insolvências, desemprego, sendo que a quebras chegam já, nalguns casos, aos 80%.