A ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou esta sexta-feira, ao final da tarde, em conferência de imprensa, no Ministério da Saúde, que está a ser montado, no perímetro do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, no Hospital Padre Américo de Penafiel, um hospital de campanha para fazer face à elevada pressão de utentes que têm acorrido a esta unidade.
A governante admitiu que tal decisão surgiu na sequência da forte pressão que tem acontecido nos últimos dias numa das zonas da administração regional de saúde do Norte, nomeadamente nos concelhos de Paços de Ferreira, Lousada e Felgueiras que motivaram, inclusive, que esta quarta-feira, o primeiro-ministro se deslocasse a Paços de Ferreira para um encontro com os autarcas dos três concelhos e posteriormente à implementação de várias medidas de exceção que entraram em vigor à meia-noite do dia 23 de outubro.
A governante esclareceu que Portugal, à semelhança do que se está a passar noutros países da Europa, está a atravessar um momento difícil, confirmando que os próximos dias se anteveem complicados.

Marta Temido avançou, também, que existe uma elevação pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde, mas recordou que os hospitais do SNS têm uma capacidade total de cerca de 21 mil camas que se dividem em várias tipologias.
O vice-presidente e vereador da Câmara de Paços de Ferreira, Paulo Ferreira, reagiu, entretanto, à notícia da instalação do hospital de campanha no perímetro do Hospital Padre Américo, admitindo que esta é uma imagem dura, mas que deve sensibilizar para a responsabilidade que cada um de nós tem neste combate para diminuir as infeções por Covid-19, cumprindo com as determinações que foram definidas pelas autoridades de saúde pública e que são do domínio público.
“Hospital de campanha do INEM a ser montado, esta noite, junto ao Hospital Padre Américo. Uma imagem muito dura, mas que nos deve sensibilizar para a absoluta urgência de todos, sem exceção, fazermos o que nos compete. Não facilitemos! Não temos tempo para isso! Esta é a hora de evitarmos que mais pessoas sejam infetadas por este maldito vírus. Para isso só há uma solução: Usar sempre a máscara, desinfetar regularmente as mãos, mantermos a distância física e suspendermos os convívios alargados com os nossos amigos ou familiares. Não há lei, decreto ou resolução que seja mais capaz de reduzir a propagação da doença, do que a nossa vontade em que as coisas resultem mesmo. E vamos conseguir!” escreveu na sua página pessoal.