Fotografia: Aliança de Gandra
O Aliança de Gandra, equipa do concelho de Paredes, que milita na Divisão de Elite da Associação de Futebol do Porto, prestes a almejar as boas de diamante, festejou, no domingo, o 74.º aniversário.
Fundado em 16 de agosto de 1946, o Aliança Futebol Clube de Gandra é, presentemente, um dos emblemas de referência no concelho, tendo um historial e um legado cujo contributo dos seus fundadores, diretores, associados, simpatizantes, patrocinadores foi decisivo, no passado, para a afirmação do emblema e para a afirmação e vitalidade que o clube granjeia presentemente.
Ao Novum Canal, o presidente do Aliança de Gandra, João Moreira, reconheceu que o Gandra é um clube modesto, que procura honrar os seus compromissos.
“É uma data importante, porque são 74 anos de atividade de um clube modesto que procura honrar os seus compromissos, competindo e formando os homens de amanhã”, disse, salientando que o clube devido à crise sanitária, que continua a afetar a região e o país, este ano, optou por não fazer qualquer cerimónia com os adeptos, simpatizantes e demais atores e agentes que habitualmente acompanham o clube.
“Fizemos apenas referência à data e estamos a formar uma comissão para festejarmos as bodas de diamante no próximo ano com o 75º aniversário”, revelou.
Questionado sobre as dificuldades com que se bate presentemente a instituição, o dirigente realçou que o Aliança de Gandra é um emblema como os demais, mas que goza da vantagem de integrar na sua direção elementos capazes que tentam todos os dias minimizar e resolver os problemas com que a instituição se debate.
“Este clube é como os demais, temos de trabalhar dia a dia para garantir a boa imagem que temos no exterior. Felizmente tenho comigo na direção gente trabalhadora, que procura diariamente encontrar soluções para fazer face aos nossos compromissos”, avançou, sustentando que o Aliança de Gandra nos últimos dez anos cresceu de forma significativa, quer a nível de infraestruturas, quer a nível desportivo.

“Mas aquilo que no passado parecia ser suficiente, hoje é manifestamente pouco. Precisamos de mais um campo porque a nossa formação, que tem mais de 150 atletas, tem falta de espaço para treinar e precisamos de balneários e de uma bancada. Estas infraestruturas são essenciais para que o clube continue a crescer. Temos a promessa da Câmara Municipal que em breve estas obras serão uma realidade”, expressou, reconhecendo que crise sanitária foi também sentida pelo emblema.
“Quando o campeonato foi suspenso, a nossa classificação não permitia sonhar com qualquer promoção nem com o pesadelo de uma eventual despromoção. A nossa preocupação passou a ser a saúde de todos os nossos atletas e técnicos. A crise sanitária teve e tem reflexos no quotidiano das empresas e naturalmente essas com as dificuldades passaram a definir outras prioridades e o apoio em publicidade reduziu, penalizando a nossa situação financeira. Alguns sócios com a suspensão do campeonato deixaram de pagar as quotas e o bar também deixou de funcionar e com isso não houve receita”, atalhou.
Referindo-se àquilo que são os objetivos desportivos do Aliança de Gandra para a presente época, João Moreira esclareceu que os propósitos do emblema para a presente época assentam em três pilares: seriedade, ambição e por cumprir com as diretrizes e orientações emanadas pela autoridade nacional de saúde.

“O objetivo para a presente época assenta em três pilares. Seriedade, queremos ser ambiciosos e zelosos. Seriedade, queremos cumprir com todos os compromissos assumidos. Ambiciosos, queremos obter um lugar na classificação geral que nos permita a promoção ao novo escalão que a AFP pretende criar e zelosos. Com o reinício da atividade desportiva, o clube quer cumprir integralmente com as recomendações da DGS porque a saúde está em primeiro lugar”, precisou.
“A direção preparou esta época de forma ponderada sem entrar em loucuras. A experiência do nosso treinador Mário Rocha foi fundamental para encontrarmos atletas que no meu ponto de vista faz-nos acreditar numa época muito positiva”
O dirigente confessou que a direção preparou esta época sem entrar em “loucuras”.
“A direção preparou esta época de forma ponderada sem entrar em loucuras. A experiência do nosso treinador Mário Rocha foi fundamental para encontrarmos atletas que no meu ponto de vista faz-nos acreditar numa época muito positiva”, afiançou.
Quanto ao plantel, João Moreira assumiu que o clube com a saída de algumas pedras importantes foi ao mercado com o objetivo de minimizar essas saídas e construir uma equipa equilibrada que lhe permita fazer uma época conseguida.
“O plantel do Aliança de Gandra na época passada era rico em atletas de muita qualidade e sabíamos que havia clubes interessados. Aqueles que o clube pode manter, manteve. Aqueles que não foi possível, o clube contratou atletas em quem deposita muitas esperanças. Os reforços para já são: Jota (Paredes), Ricardos Barros (Aguias de Eiriz), Pepe (Lousada), Hugo Costa (Aliados de Lordelo), Hugo Silva (Rebordosa), Diogo Brandão (Aliados de Lordelo) e Jonas (Vilarinho). Já agora, aproveito para desejar as maiores felicidades aos atletas que nos deixaram, porque todos eles enquanto atletas deste clube serviram-no com dedicação”, afirmou, admitindo que é expectável que o clube venha a fazer ainda mais contratações.
O dirigente admitiu, ainda, que o clube “vai tendo amigos”, e manifestou que a Junta de Freguesia de Gandra, tem sido um parceiro fundamental, e a Câmara Municipal de Paredes tem, igualmente ajudado o emblema.
“Quanto à comunidade local, vamos tendo amigos. Quanto ao poder local a Junta de Freguesia de Gandra é um parceiro fundamental do clube e a Câmara Municipal tem-nos ajudado, embora estejamos a aguardar pelo campo e pela bancada e balneários que acreditamos que seja uma realidade”, referiu, reiterando que o Aliança de Gandra trabalha todos os dias para ser um clube respeitado e cumpridor dos seus compromissos.