Fotografia: Unidade de Saúde Familiar de São Martinho
A Unidade de Saúde Familiar de São Martinho comemorou, esta segunda-feira, 11 anos de existência.
A coordenadora da Unidade de Saúde Familiar de São Martinho, Marta Lamas, há vários anos à frente da instituição, recordou que a unidade abriu em 2009, sendo, hoje, uma unidade organizacional devidamente amadurecida, com uma equipa multidisciplinar, onde o trabalho em equipa de saúde familiar é uma prática efetiva.
A responsável pela Unidade de Saúde Familiar de São Martinho destacou mesmo que nos últimos anos a unidade teve que se adaptar em diferentes domínios, também do ponto de vista organizacional, no sentido de fazer face às exigências do universo de mais de 13 mil utentes que estão sob a sua alçada, mas também, na promoção da saúde nas suas várias vertentes.
Ao Novum Canal, Marta Lamas confirmou que mesmo na fase de maiores dificuldades, no período de confinamento e do Estado de Emergência, a unidade esteve à altura dos desafios e apesar dos momentos de dificuldade que a pandemia colocou a todos os agentes e profissionais de saúde, a estrutura acabou por se reorganizar no sentido de responder às exigências com as quais esteve confrontada e salvaguardar quer a saúde dos utentes e dos funcionários que continuaram a laborar.
Falando da fase de confinamento, Marta Lamas referiu que, neste período, foram criados circuitos e áreas específicas para atender casos suspeitos e doentes com a pandemia, assim como seguidas todas as recomendações da Direção-geral de Saúde.

Marta Lamas assegurou, também, que nesta fase, a Unidade de Saúde Família de São Martinho não deixou de prestar assistência e cuidados aos chamados grupos de risco, aos utentes mais vulneráveis, grávidas, tendo alargado posteriormente para os pessoas com diabetes, hipertensos, consulta aberta, mediante contacto prévio com o médico de família para avaliar a situação.
Ainda nesta fase, a coordenadora da Unidade de Saúde Familiar de São Martinho recordou que foi feita uma aposta no sentido de através das redes de comunicação e das linhas telefónicas garantir o contacto quer dos utentes para a instituição quer da instituição para com os utentes, tendo existido um esforço do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) no sentido de dimensionar os canais telefónicos.
A responsável pela USF São Martinho alertou, por outro lado, para a necessidade dos cidadãos e dos utentes, de uma forma geral, manterem o nível de alerta até que a Covid-19 seja mitigada e ultrapassada.
“Não podemos baixar a guarda. Temos que nos manter atuantes e vigilantes. Além da existência ainda de focos ativos da Covid-19, o mês de outubro é também quando surgem as infeções virais e por isso temos de estar devidamente atentos e continuar a cumprir com as indicações quer da autoridade de saúde local, quer da autoridade de saúde nacional”, expressou, sustentando ser incomportável regressar aos números das consultas presenciais até por uma questão de segurança.
Falando do futuro, Marta Lamas esclareceu que a Unidade de Saúde de São Martinho está num processo de acreditação, num processo conduzido pela Direção-Geral de Saúde que tem como meta desenvolver as ferramentas necessárias a uma melhor gestão da qualidade nos serviços de saúde e incrementar a qualificação dos serviços, um processo que exige tempo, disponibilidade e motivação.
Questionada se as unidades de saúde familiar são as que melhor servem os utentes, Marta Lamas confirmou que estas estruturas têm precisamente como foco os utentes e a promoção da saúde nas suas mais variadas vertentes.
“Trabalhei nas unidades dos antigos centros de saúde e em termos de organização, as duas realidades são completamente diferentes. As unidades de saúde familiar privilegiam o contacto com os utentes. Tem, aliás, como foco principal o utente”, expressou, sublinhando que a organização das equipas é também completamente diferente.
Quanto ao número de utente que não dispõem de médico de família, Marta Lamas esclareceu que este é um assunto da responsabilidade do ACES, recordando no, entanto, que a unidade excede já o número de utentes por médico.
A Unidade de Saúde Familiar de São Martinho integra cinco secretárias clínicas, sete enfermeiros e sete médicos, dispondo, também, de unidades de formação.
A Unidade de Saúde Familiar de São Martinho tem como missão a prestação de cuidados de saúde personalizados à população da sua área de influência, fomentar a saúde, prevenir a doença, garantir o acesso e a qualidade dos serviços prestados.
A USF São Martinho tem como valores a cooperação, a solidariedade, a autonomia assim como a articulação com as outras unidades funcionais do ACES.
A estrutura distingue-se, também, pela chamada gestão participativa, convocado e solicitando os profissionais a facultarem contributos no sentido de melhorar o desempenho e contribuir para a satisfação dos utentes e dos seus profissionais.