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Produtor de melão casca de carvalho de Lousada prevê produção de qualidade para este ano

Fotografia: José Magalhães

O presidente da Associação de Produtores Melão Casca de Carvalho e Hortícolas do Vale do Sousa e um dos maiores produtores de melão casca de carvalho da região prevê para este ano uma produção farta e de qualidade.

Ao Novum Canal, José Magalhães destacou que as condições climatéricas favoráveis, apesar das altas temperaturas que se fizeram sentir durante alguns dias, a ausência de chuva, ao contrário do que sucedeu  no ano transato, em especial no mês de agosto, e de fundos, faz com que estejam reunidas as condições para 2020 ser um bom ano para  o melão casca de carvalho.

“Ao contrário do que sucedeu em 2019 que foi um ano cuja produção foi fraca, um ano que ficou marcado pela chuva que caiu em agosto, em especial nos dias 9, 18 e 25 e que acabou por afetar a produção, este ano, as condições climatéricas favoráveis, a ausência de doenças e de fungos fazem prever que será um ano farto e de excelente qualidade para o melão casa de carvalho”, disse, salientando que as primeiras plantações que já estão a sair  indiciam isso mesmo.

Falando do melão casca de carvalho e do que o distingue esta iguaria de outros produtos tradicionais portugueses, José Magalhães assumiu que este é um produto único da região e no país com um formato alongado, com um sabor único e característico, sendo um produto pouco doce, um sabor apimentado, com libertação de gás.

O produtor de Nogueira, Lousada, um dos maiores produtores do concelho, com uma produção entre um hectare, hectare e meio,  reconheceu que a produção desta iguaria está muito dependente das condições climatéricas, da existência de um microclima favorável que só existe entre o Minho e Douro Litoral.

Para além da preparação do terreno, a confeção do produto obedece a condições e fatores de produção excecionais, à genética da variedade, à preparação do terreno e da lavoura. A sementeira decorre entre abril e vai até maio. A colheita, regra geral, vai de agosto a meados de setembro. O melão casca de carvalho diz-se estar pronto a ser consumido quando está completamente maduro e rebenta. Segundo José Magalhães, o facto dos melões rebentarem, facto que acontece-se devido à pressão do gás carbónico, é um sinal de que o produto está maduro e pronto a ser consumido. Se o rebentamento acontecer antes do melão estar maduro, isso pode significar uma perda substancial para o produtor.

Apesar de muito apreciado, José Magalhães confirmou que há cada vez menos produtores na região, não excedendo os dez, sendo também cada vez menos os jovens agricultores que querem manter viva a tradição do cultivo do melão casca de carvalho.

“Posso investir dois a três mil euros na produção deste tipo de melão e obter apenas 500 ou 600 euros. Os anos não são todos iguais e estamos a falar de uma iguaria que está muito dependente das condições climatéricas”, avançou, sustentando conhecer produtores que semeiam a primeira vez e depois nunca mais o fazem porque percebem que as margens e o que se obtém não corresponde, a maior parte das vezes, ao que é necessário investir.

Além da questão  financeira, José Magalhães recordou que o melão casca de carvalho é um produto que requer persistência, motivação e muita entrega.

O produtor manifestou, também, que o facto deste produto não ter conseguido ainda a certificação constitui um revés para o produtor e para o consumidor.

José Magalhães concordou que a sua certificação implicaria a implementação de um sistema de procedimentos da qualidade necessários à especificação do melão casca de carvalho, com as devidas especificações e salvaguardando as suas características, funcionado como uma salvaguarda para os consumidores que passariam a ter a certeza de estarem a consumir um produto de excelência.

O melão casca de carvalho deve ser consumido como aperitivo ou refrescante, após as refeições.  

Fotografia: José Magalhães

Nos últimos anos, a Confraria do Melão Casca de Carvalho tem feito um esforço no sentido de em articulação com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) criar produtos feitos a partir do melão de casca de carvalho, nomeadamente o “port melon”, compotas e o melão desidratado produzido com uma nova técnica, a fim de tornar o sabor do melão mais evidente.

Além destes produtos, no ano transato, aquando do IV Festival do Melão Casca de Carvalho, foi apresentado o gelado de melão casca de carvalho, concebido e produzido por uma unidade de restauração da cidade de Penafiel..

Em ambos os casos, a Confraria Melão Casca de Carvalho tem procurado diversificar as formas de consumo do melão de casca de carvalho, torná-lo mais apelativo para novos tipos de consumidores e mais rentável.

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