Fotografia: Escola Básica e Secundária Dr. Machado de Matos, em Felgueiras
A Escola Básica e Secundária Dr. Machado de Matos, de Felgueiras, é a melhor no “ranking do sucesso” pelo segundo ano consecutivo, instrumento que avalia o percurso escolar dos alunos, que acabaram o secundário sem retenções, ao contrário do que sucede no ranking geral que mede apenas as notas dos exames.
A Escola Básica e Secundária Dr. Machado de Matos no ano passado era também a 1.ª escola pública nesse mesmo ranking, tendo apenas à sua frente a escola privada Colégio São Miguel, em Ourém. Este ano conseguiu também subir essa posição e é está em primeiro lugar entre as publicas e privadas.
A escola subiu uma posição em relação a 2018, tinha apenas uma privada à frente, sendo a primeira das públicas.
No ranking dos exames, a Escola Básica e Secundária Dr. Machado de Matos surge no lugar 166 entre todas as escolas públicas e privadas.
Em relação à média dos exames de 2019, os melhores desempenhos foram às disciplinas de Português, 11,86; Matemática, 11,49; Biologia, 11,34; História, 11,67; Filosofia, 10,73MACS, 10,76.
O diretor da Escola Básica e Secundária Dr. Machado de Matos, em Felgueiras, do Agrupamento de Escolas Dr. Machado de Matos, António José Bragança, esclareceu que existem dois tipos de rankings: o Ranking Geral e o Ranking dos Percursos Diretos de Sucesso, criado há três anos, tendo sido neste ranking que a Escola Básica e Secundária Dr. Machado de Matos, Felgueiras, obteve o primeiro lugar do pódio, depois de – no ano letivo anterior ter conseguido a mesma posição no âmbito mais restrito das escolas públicas.
“Quanto a resultados, eles devem-se a um excelente trabalho de toda a comunidade educativa que vem sendo consolidado ao longo dos anos e que espelha o excelente profissionalismo de todos, a dedicação, o espírito de equipa e entreajuda e a vontade diária de cada um de nós fazer mais e melhor. Estes resultados são fruto de uma abordagem de grande proximidade aos nossos alunos, suas famílias e encarregados de educação, mantendo entre todos laços de união que nos levam sempre a falar da família do nosso agrupamento”, disse, salientando que cada escola tem a sua realidade e, certamente, as suas qualidades e boas práticas.
“Na minha escola não tenho dúvidas que essas boas práticas são resultado da conjugação de alguns fatores determinantes para se alcançar o sucesso: ter atualmente uma equipa diretiva coesa e proativa, um excelente, estável e coeso corpo docente que valoriza e apoia cada um dos seus alunos sem exceção, uma equipa de pessoal não docente que trabalha em estreita colaboração com todos nós, e alunos e famílias que se mostram recetivos a ouvir-nos e a evoluir connosco, confiando o seu desempenho em todo o apoio que lhes damos. Distingue-nos a determinação com que diariamente enfrentamos os desafios que se nos deparam, o não desistir perante as adversidades e o trabalhar colaborativamente em prol da educação e felicidade de todos”, avançou.
António José Bragança declarou que o Ranking dos Percursos Diretos de Sucesso além do contexto em que a escola se insere, são medidos fatores como a escolaridade dos pais, a quantidade de alunos a beneficiar de ação social escolar e a quantidade de alunos que fazem o seu percurso no ensino secundário sem retenções.
“Este Ranking dos Percursos Diretos de Sucesso tem os seus próprios indicadores: o contexto em que a escola se insere, onde são medidos fatores como a escolaridade dos pais, a quantidade de alunos a beneficiar de ação social escolar; e a quantidade de alunos que fazem o seu percurso no Ensino Secundário sem retenções e com classificação positiva nos exames nacionais. Por isso ficamos orgulhosos! Porque temos vindo a conseguir que os nossos alunos, sem apoios em casa ou externos à escola, consigam concretizar o seu percurso no ensino secundário no tempo previsto (três anos), e com sucesso nos exames nacionais. Nesse resultado está demonstrado todo o trabalho que este corpo docente realiza com eles em termos de apoio escolar mas também de motivação”, atalhou.
“Só se fazem estatísticas com números e, obviamente, nem sempre os números refletem a realidade. Até porque se o fizessem, não tenho dúvidas que a minha escola estaria sempre bem posicionada nos diversos rankings”
Questionado sobre se considera que os rankings não expressam com exatidão a realidade das escolas, o diretor da Escola Básica e Secundária Dr. Machado de Matos, do Agrupamento de Escolas Dr. Machado de Matos, em Felgueiras, declarou que os rankings avaliam o que têm de avaliar.
“Só se fazem estatísticas com números e, obviamente, nem sempre os números refletem a realidade. Até porque se o fizessem, não tenho dúvidas que a minha escola estaria sempre bem posicionada nos diversos rankings. A realidade aqui é o trabalho colaborativo diário; é o trabalhar e estudar com vontade, empenho e alegria; é o ter bons amigos entre a comunidade educativa; é o vir de manhã para a escola sabendo que uma outra família nos espera e por isso encarar o dia-a-dia com satisfação. Nas escolas há sempre muito a melhorar mas há também muitos exemplos de boas práticas. Os rankings servem para refletir sobre o papel das escolas e o caminho que diariamente vamos seguindo”, manifestou, sustentando que os resultados obtidos pelo estabelecimento de ensino fazem jus ao trabalho que a escola tem vindo a desenvolver nos últimos anos.
“Estes resultados mostram que este trabalho tem vindo a ser consolidado ao longo dos últimos anos. Temos vindo a melhorar os nossos resultados nos vários rankings e temos feito um trabalho de evolução e reflexão que nos permite superar dificuldades e encontrar novas e melhores estratégias. Com a estabilidade da nossa equipa de trabalho, temos, acima de tudo, vindo a consolidar um excelente espírito de equipa e união que nos fortalece a todos e nos dá a segurança de não estarmos sozinhos nesta tarefa de sermos os educadores das gerações futuras”, acrescentou.
Sobre a comunidade escolar deste estabelecimento de ensino, António José Bragança considerou que uma escola só é uma escola se tiver todos os intervenientes da ação educativa a trabalhar em uníssono.
“Da escola fazem parte todos os alunos e as suas famílias, o pessoal docente e não docente e todos os outros elementos da comunidade que nos apoiam e connosco colaboram. Todos têm o seu papel a desempenhar, nenhum substitui o outro e um complementa o outro. Se não existisse a vontade, o empenho e o trabalho de todos, estas conquistas não aconteceriam. Numa escola não pode haver lugar a individualismos. Todos dependem de todos e só é possível alcançar os objetivos mais ambiciosos quando há união e vontade comuns. Todos estão de parabéns, pois o seu trabalho foi intenso e por isso merecem o reconhecimento”, confirmou.
«Ninguém fica para trás, até porque o nosso lema é “aqui nunca estamos sozinhos”»
Matilde Valente, aluna a concluir o 11°ano no curso de ciências e tecnologias da Escola Básica e Secundária Dr. Machado de Matos, realçou o espírito de entreajuda que é cultivado na comunidade escolar.
“Considero que os resultados obtidos e expressos no ranking fazem jus ao trabalho da escola. Na EBSDMM procura-se sempre que os alunos obtenham o melhor resultado possível a partir do esforço e empenho de cada um e se um professor nota que algum aluno não está a aproveitar todo o seu potencial procura sempre incentivá-lo a querer mais. Todos somos alunos diferentes e obviamente alguns têm mais facilidade na aprendizagem do que outros, mas o espírito que é cultivado é o espírito de entreajuda: se compreendemos algo melhor do que um colega procuramos sempre ajudá-lo e o trabalho em grupo é uma constante. Ninguém fica para trás, até porque o nosso lema é “aqui nunca estamos sozinhos”, adiantou, sustentando que além dos exames, devem existir outras variáveis que pesem igualmente na avaliação que é feita, pois torna-se injusto avaliar todo o trabalho de um ano letivo em duas horas ou duas horas e meia em que o nervosismo é muito maior do que o de um teste.
“Quanto ao ranking, claro que quando são tidas em conta as notas dos exames podemos pensar que é um fator comparativo justo, mas se o fizermos estamos a ignorar as diferenças socioeconómicas que existem entre as regiões e os alunos das escolas. Creio que não é adequado comparar as notas dos exames de alunos cujos pais lhes podem pagar explicações com as notas daqueles cujos professores são a única fonte de aprendizagem. Assim, outros fatores que devem ser tidos em conta são, sim, as notas dos exames, mas comparativamente com escolas inseridas em contextos semelhantes”, expressou.
Confrontada sobre se rankings expressam com exatidão a realidade das escolas, a aluna de 17 anos realçou que as análises quantitativas que se estabelecem nos rankings, a maioria das vezes, não têm em conta o contexto e a evolução e o trabalho ao longo do ano e dos anos dos alunos e professores.
“Sim, concordo com essa afirmação, principalmente quando pensamos no ranking das notas dos exames. Novamente, esse tipo de análises quantitativas não analisam o contexto, a evolução e o trabalho ao longo do ano e dos anos dos alunos e professores. Considero que o ranking do sucesso é mais justo, pois compara quantitativamente as escolas, mas tendo em conta outros fatores, como por exemplo o grau de escolaridade da mãe, que é considerado determinante na aprendizagem dos filhos. É comparada com outras escolas em contextos semelhantes que a nossa escola se destaca”, adiantou, sublinhando que os resultados expresso no Ranking do Sucesso são corolário do trabalho irrepreensível de toda a comunidade.
“Sim, uma vez mais considero que estes resultados são um reflexo do trabalho irrepreensível de toda a comunidade. Para mim, um dos fatores de maior importância no nosso empenho como alunos é o facto de gostarmos ou não da escola. Na EBSDMM sentimos que somos algo mais do que apenas “mais um aluno”, somos uma pessoa com características únicas que devem ser aproveitadas para que nos tornemos não só bons alunos, ou no futuro bons profissionais, mais também boas pessoas. Nesta escola somos ensinados a ser uns para os outros e nunca se cultiva qualquer tipo de rivalidade prejudicial. Sei que se precisar de alguém ou tiver algum problema posso contar com todos: colegas, professores e funcionários. Ao sentirmos a escola como uma segunda casa é mais fácil encontrar a motivação para avançar, todos a ritmos diferentes, mas remando para o mesmo porto”, confessou.
Matilde Valente enalteceu, também, o trabalho dos alunos, dos docentes e demais comunidade educativa, confirmando que uma escola vale pelo seu todo.
“Estes resultados não só são fruto dos alunos, docentes e demais comunidade educativa individualmente, mas de todos como uma equipa. Somos uma escola pequena e muitos podem ver nisso uma desvantagem, mas as vantagens que daí advém são muito maiores: conhecemos todos pelo nome, apoiamos toda a comunidade e à aquele sentimento de pertença. Sem toda a comunidade não existiria escola, pois a escola são as pessoas, o restante é apenas edifício”, atalhou, confirmando que o distingue o seu estabelecimento de ensino com outros é a proximidade entre toda a comunidade.
«O que distingue a EBSDMM das restantes escolas e o que a faz uma referência na região é a proximidade que existe entre toda a comunidade. Novamente, este sentimento é muito importante para o nosso empenho nos estudos e sabemos que nunca estamos sozinhos. Somos levados a dar o nosso máximo, não só nas disciplinas que estudamos, mas também nos nossos talentos e melhores qualidades, são dinamizados imensos projetos, não só a nível de secundário, mas também de básico e sentimo-nos bem na escola. A destacar está a enorme competência dos nossos incríveis professores e a amizade cultivada entre professores e alunos. Sabemos que podemos contar uns com os outros e “aqui nunca estamos sozinhos“», assegurou.
“Considero que a avaliação baseada nos exames é um pouco injusta porque não deve ser uma única prova que deve definir o trabalho realizado em 2/3 anos”
Lara Moreira, aluno também do 11.º ano de escolaridade, do curso de de CT, no mesmo estabelecimento de ensino, alinhou pela mesma bitola da colega e reconheceu que os resultados expressos no ranking são justos e demonstram o trabalho conjunto realizado pelos professores e pelos alunos na escola.
Já se os rankings devem ponderar e analisar outras variáveis que não apenas os exames nacionais, a aluna considerou que a avaliação baseada nos exames é um pouco injusta porque não deve ser uma única prova que deve definir o trabalho realizado em 2/3 anos.
“ Na verdade, percebo a importância dos exames, uma vez que constituem uma avaliação nacional e, assim, os alunos são avaliados todos da mesma forma. Contudo, considero que a avaliação baseada nos exames é um pouco injusta porque não deve ser uma única prova que deve definir o trabalho realizado em 2/3 anos. Penso que sim, que deveria haver outras variáveis que deveriam pesar igualmente na avaliação, como por exemplo, o desempenho do aluno na aula. Penso que está componente deveria pesar mais na avaliação pois, de facto, o trabalho realizado na aula e, na maior parte das vezes, em casa, por vezes, não é visível através das notas dos exames, infelizmente”, declarou, constando que os rankings são baseados em factos, pelo que são fidedignos.
“Não posso falar doutras escolas, mas pelo menos na minha penso que o esforço, tanto dos professores como dos alunos, mereceu este lugar no ranking e demonstra o enorme trabalho que é feito na escola. Mas, de certeza, que com outras escolas acontece o mesmo quando estas aparecem no 1° lugar de algum ranking”, anuiu.
Em matéria de resultados e qualidade do ensino ministrado, Lara Moreira confirmou que a escola detém um excelente corpo de docentes e uma parte do seu mérito escolar passa pela entrega e entreajuda que é permanente.
“Estou nesta escola há 2 anos (desde o 10° ano), mas pelo que vi e vejo pelo trabalho e resultados dos meus colegas mais velhos, de facto, penso que os resultados fazem jus ao trabalho que é desenvolvido na escola. Durante a minha experiência, também, percebi o enorme esforço e preocupação dos professores e o empenho dos alunos, o que acaba por ser visível nos resultados e no trabalho desenvolvido”, afiançou, reforçando que tantos os funcionários como os professores fazem os alunos sentirem-se parte integrante da escola.
“Estes resultados são fruto do trabalho dos professores, alunos e até funcionários. De facto, penso que não há dúvidas quanto à intervenção do trabalho dos professores nesta situação. Quanto aos alunos, o seu trabalho é o mais acrescido, na minha opinião. Os alunos precisam de ter objetivos e, acima de tudo, ter motivação e tanto os funcionários como os professores fazem nos sentir acolhidos pela escola, fazendo com que nos sintamos em casa e isto é o mais importante de tudo, pois senão nós sentirmos bem no lugar onde passamos a maior parte do nosso tempo, não temos qualquer interesse nem motivação para conseguir seja o que for. Além disso, os professores e funcionários nunca nos abandonam e até tentam falar connosco para perceber se está tudo bem na nossa vida. Caso não esteja, os professores interrompem a aula e falam do assunto”, observou.
Já sobre o é que distingue a EB 2,3 e Secundária Dr. Machado Matos de outras, a aluna não tem dúvidas que a relação saudável que existe entre os vários atores e agentes que integram a comunidade escolar tem sido preponderante para o sucesso do estabelecimento de ensino.
“Do meu ponto de vista, acho que o que distingue a nossa escola das outras é a relação entre toda a comunidade educativa, principalmente, entre os professores e alunos. Na verdade, sem dúvida que, para além de exercerem a sua função, os professores, acima de tudo, são nossos amigos e sabemos que podemos contar com eles para tudo, mesmo que seja um assunto que não tem a ver com a escola. Para eles, o mais importante não é sermos bons alunos, mas sim, boas pessoas. Estes factos fazem-nos sentir confortáveis com eles o que é perfeito porque ninguém gosta de trabalhar com pessoas que não gosta. Assim, tanto os professores como nós trabalhamos com pessoas de quem gostamos muito e, consequentemente, isso reflete se nos resultados”, concretizou.
“Na minha opinião os exames têm um peso demasiado grande quer na nota final de 12.º ano quer na entrada à universidade, porque é injusto um aluno pôr em causa 3 anos em 2 horas”
Já Érica Fonseca, aluno do 12.º ano de escolaridade, manifestou que o mérito e a entrega ao trabalho são valores que a Escola Básica e Secundária Dr. Machado de Matos sempre incutiu nos alunos.
“Na nossa escola sempre nos foi incutido que o esforço nos leva a alcançar aquilo que queremos e nós temos que trabalhar muito para conseguir o que conseguimos, mas como aqui sentimos que nunca estamos sozinhos porque temos toda uma comunidade educativa sempre do nosso lado, desde professores, funcionários, colegas que nos fazem sentir que o nosso esforço foi ainda mais recompensador!”, avançou,
Quanto ao peso dos exames, a aluna defendeu que estes têm um peso elevado na avaliação do aluno.
“Na minha opinião os exames têm um peso demasiado grande quer na nota final de 12.º ano quer na entrada à universidade, porque é injusto um aluno pôr em causa 3 anos em 2 horas. Daí considerar que devia ser tido em conta projetos desenvolvidos ao longo dos anos ou iniciativas tomadas pelos alunos, porque isso demonstra os cidadãos pró-ativos que irão ser no futuro”, garantiu.
A aluna reforçou que o lugar obtido neste Ranking de Sucesso é mais do que merecido.
“Focando essencialmente na nossa escola, considero que o nosso lugar é mais que merecido! Somos uma escola de sucesso, pois aqui o sucesso não se limita aos números que aparecem numa pauta. Aqui a intenção é formar bons alunos academicamente, mas além disso formar bons cidadãos porque o nosso futuro vai muito para além das notas”, atalhou.
Érica Fonseca confirmou, também, que o facto desta ser uma escola pequena fomenta a proximidade a estreita correlação e interação entre todos.
“Nós aqui pretendo seguir o legado deixado pelos nossos colegas que terminam o 12.º ano. Este lugar é merecido por toda a comunidade escolar. Sabemos o empenho dos professores, o nosso esforço e o orgulho que os funcionários sentem em nós, pois nós também fazemos parte deles. Temos a sorte de estarmos numa escola pequena o que nos permite ser “o aluno” e não mais um aluno, daí os professores conseguirem-nos ajudar e conhecerem-nos individualmente e levarem-nos por caminhos de sucesso. É fundamental esta união da comunidade educativa, sem isso acho que não chegávamos a este lugar duas vezes consecutivas”, disse, considerando que a escola funciona como uma família.
“Isso basta para explicar o porquê de podermos ser tidos como exemplo para as outras escolas. A nossa união é algo que só quem vive acredita! Ninguém desiste de nós, por isso é que nós também não desistimos de nada nem ninguém, pois queremos ser motivo de orgulho para aqueles que fazem tudo por nós”, confessou.
“São as pessoas que fazem a diferença! Muito trabalho, persistência, determinação, orgulho em conseguir alcançar os objetivos propostos, os afetos, a alegria com que vivemos o nosso dia-a-dia no local de trabalho”
Anabela Brochado, professora neste estabelecimento de ensino, mostrou-se igualmente grata pelo resultado, reforçando que é uma mais-valia para a instituição no seu todo, para o corpo docente, mas também para a comunidade escolar.
“Claro que é uma mais valia! É ótimo ver o nosso trabalho e dedicação reconhecidos. É ótimo ver a alegria nos rostos dos nossos alunos por ser construtores e parte deste sucesso. É ótimo trabalhar diariamente num local autenticado como promotor do sucesso. A educação trabalha sempre para o sucesso. O sucesso do futuro, das próximas gerações. Ver este nosso trabalho elogiado e reconhecido é um motor para nos impulsionar a continuar na senda da dedicação. Toda a comunidade escolar fica feliz, porque o sucesso de uns é também consequência do trabalho de todos. O corpo docente fica, sem dúvida, grato pelo reconhecimento e segue em frente, firme, pela certeza do bom caminho em que se encontra”, assumiu.
Referindo-se aos resultados obtidos, Anabela Brochado reconheceu que uma grande parte do sucesso da escola está nas pessoas.
“São as pessoas que fazem a diferença! Muito trabalho, persistência, determinação, orgulho em conseguir alcançar os objetivos propostos, os afetos, a alegria com que vivemos o nosso dia-a-dia no local de trabalho, o espírito de equipa, de companheirismo e de união por uma mesma causa: a educação; são todos estes fatores que nos distinguem, que nos colocam neste lugar. Não há segredos! Não há fórmulas mágicas descobertas na ponta do arco-íris. Há uma conjugação incrível de fatores que uniu no mesmo local pessoas tão capazes e tão empenhadas no mesmo sonho! Há mérito da direção da escola que soube valorizar e apoiar todos os professores, alunos e pais, ao colocar-se lado a lado nesta jornada. Há mérito em todos os que no seu desempenho diário se preocupam e colaboram entre si. Há mérito nos alunos e pais que nos sabem ouvir, perceber e connosco colaborar. Há uma construção de uma bela amizade entre todos ao longo dos anos. E há a satisfação de ver esta escola a crescer, em tamanho, em importância e em consideração. Tudo isso nos move à superação diária e à dedicação que serve de exemplo aos nossos alunos e os levam ao tão almejado sucesso”, declarou.
A professora reforçou, ainda, que o ranking de percursos diretos de sucesso do ensino secundário é medido com dados oficiais fornecidos pelo próprio Ministério da Educação e por essa razão é o único que não difere de entendida para entidade.
“Os fatores mensuráveis estão identificados e por isso não há lugar a discrepâncias. É certo que não é um ranking que espelha tudo o que se faz ou se passa na escola. Esta é apenas mais uma perspetiva, mas quer queiramos quer não, são dados que não podemos negar. E na nossa escola este ranking é mesmo verdadeiro! O nosso trabalho e dedicação são bem reais. São prova disso todos os testemunhos dos nossos alunos, atuais e passados. São prova disso todas as conquistas diárias e a valorização pessoal que é feita. Na nossa escola cada um de nós é uma pessoa! Uma pessoa acarinhada, ouvida, compreendida e feliz! É um grande orgulho e Satisfação fazer parte desta escola, Escola Básica e Secundária Dr. Machado de Matos, Felgueiras, onde trabalho com um grupo de amigos fantástico e onde tenho tido e tenho alunos inesquecíveis que ficam para sempre no meu coração!”, acrescentou.
Segundo Anabela Machado, a escola está inserida no contexto socioeconómico 1 ( menos favorecido), sendo que os alunos são oriundos de famílias maioritariamente ligadas ao trabalho fabril.
“Os nossos alunos são oriundos de famílias que, ainda que valorizando a educação escolar, possuem poucas competências académicas para acompanhar o estudo dos seus educandos a nível do ensino secundário. Desta forma, o mérito do sucesso destes jovens vem também da sua determinação em ser bem-sucedidos e do grande acompanhamento que têm na escola por parte dos professores. São alunos sem acesso a apoios extra escola e todo o trabalho desenvolvido é feito sob orientação e coadjuvação com os seus pares e professores”, acrescentou.
Segundo a Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, a análise dos dados apresentados para os percursos diretos de sucesso, evidencia “um aumento ligeiro da percentagem global de percursos diretos de sucesso entre os alunos do 3.º ciclo do ensino básico geral e artístico, a qual passou de 45% em 2017/18 para 47% em 2018/2019. As diferenças de desempenho neste indicador de alunos de diferentes estratos socioeconómicos continuam bastante vincadas, com 56% de percursos diretos de sucesso entre os alunos do 3.º ciclo que não beneficiaram de apoios ASE, em 2018/19, e apenas 21% entre os seus colegas enquadrados no escalão A de apoios ASE”
Ainda de acordo com a Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, os dados comprovam “um aumento substancial da percentagem global de percursos diretos de sucesso entre os alunos dos cursos científico-humanísticos do ensino secundário, a qual subiu de 37% em 2017/18 para 44% em 2018/19. Em termos regionais, em 2018/19, a percentagem de percursos diretos de sucesso nos cursos científico-humanísticos situou-se acima dos 50% nos distritos de Coimbra, Viseu e Viana do Castelo, e registou valores de 31% a 33% nos distritos de Bragança e de Portalegre.
Na quase totalidade dos exames nacionais, “à exceção dos exames de Filosofia (714) e de Física e Química A (715), a classificação média é superior a 100 pontos (10 valores), verificando-se uma estabilização da média das classificações no exame de Biologia e Geologia (702), comparativamente a 2018”.