O presidente da Câmara de Penafiel, Antonino de Sousa, traçou no programa “É Psicológico” conduzido por Marina Ferreira da Silva e transmitido no Novum Canal, as principais linhas e medidas que foram implementadas pelo seu executivo no período da crise sanitária e do decretar do Estado de Emergência e confinamento que se lhe seguiu.
“Temos tido sempre essa preocupação de prestar contas aos nossos concidadãos do nosso desemprenho autárquico , acho que é um dever de qualquer eleito prestar contas permanentemente aos seus concidadãos, mas nesta altura essa importância é ainda maior porque há de facto um ambiente diferente de grande tensão por esta circunstância que estamos a viver, uma circunstância para a qual nenhum de nós estava preparado para lidar. Temos procurado fazê-lo através das nossas plataformas da câmara municipal e através da comunicação social local e por isso fico reconhecido ao Novum Canal que tem feito um trabalho positivo nessa divulgação com a comunidade daquilo que vai acontecendo. Desde o surgimento desta pandemia terrível pandemia que tem dado tanto constrangimento temos procurado ter em conta os vários patamares de resposta. Num primeiro momento, a nossa preocupação principal foi a adoção de medidas que pudessem ajudar a combater a pandemia, a sua propagação o seu contágio e depois o apoio às famílias que por via da pandemia estavam a ter mais problemas do ponto de vista económico do ponto de vista da perda de rendimentos”, disse.
O autarca realçou que a autarquia, logo de imediato, acudiu às necessidades básicas, mas também acabou por intervir noutros domínios.
“Somos um município amigo das famílias e orgulha-nos muito disso. De resto, somos o único município da região e do distrito que tem a palma de ouro por ter um desempenho que é assinalável nesse domínio e quisemos neste momento especial ter respostas imediatas para as famílias. O domínio do apoio psicológico foi um dos que nos preocupou muito porque houve de facto novos desafios que se colocaram. Fizemo-lo em articulação com a autoridade de saúde com as psicólogas da câmara municipal e os técnicos dessa área que a autoridade de saúde disponibilizou e fomos procurando responder às solicitações que nos foram colocando e foram muitas”, acrescentou.
Neste período, o chefe do executivo reconheceu que foi preciso encontrar respostas novas para um desafio que também era novo.
“Os nossos técnicos foram incansáveis, de uma dedicação extraordinária não apenas os da área da psicologia, mas os das demais áreas da resposta social e de saúde do município que chegaram a fazer horários das oito da manhã às oito da noite. Estes profissionais honraram este estatuto de município amigo das famílias porque procuraram sempre responder a todas essas solicitações. Se acrescentarmos a isto a perda de rendimentos porque a empresa fechou, porque os trabalhadores ou empresa entraram em lay-off, ou porque foi imposta uma quarentena por questões profiláticas, percebemos que tudo isto trouxe o problemas, preocupações, angústias que até aqui nunca tinham sido vividas e a resposta dos psicólogos foi essencial para que alguns agregados familiares tenham conseguido superar as circunstâncias”, atalhou.

Antonino de Sousa enalteceu, também, o trabalho da rede social que considerou foi incansável no apoio aos mais frágeis, aos idosos, aos doentes oncológicos e doentes com outros tipos de patologias.
“Temos uma rede social forte e presente no território. O nosso município é o segundo maior em termos de área do distrito do Porto, sendo um território densamente povoado no seu todo e isso cria-nos desafios nas respostas que temos que dar nos mais variados domínios. Nos últimos anos temos trabalhado intensamente esta relação com as instituições particulares de solidariedade social que são importantes nas respostas que vamos dando. Temos protocolos de quase delegação de competências nessas instituições que são quase o nosso “front office” nas nossas comunidades. Uma das preocupações que tivemos logo no início da pandemia foi precisamente os mais frágeis os idosos, os que têm doenças oncológicas, os que têm doentes a seu cargo, e os que têm outro tipo de patologias e que estavam confinados, não podiam sair, mas teriam que ter acesso à alimentação, à medicação e resolver problemas que eram essenciais. Estabelecemos uma rede solidária para acudir a estas situações”, acrescentou, sustentando que esta rede social foi vital no mapeamento das necessidades e dos utentes mais necessitados, na estruturação das equipas e na operacionalização das próprias respostas.