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Câmara de Penafiel inaugurou exposições alusivas a tradição secular do Corpo de Deus

O presidente da Câmara de Penafiel, Antonino de Sousa, acompanhado pelos vereadores Pedro Cepeda, Rodrigo Lopes, Susana Oliveira, Adolfo Amílcar e do presidente da Freguesia de Penafiel, Carlos Leão, inauguraram, esta terça-feira, na antevéspera do Corpo e Deus os vários elementos e exposições alusivas a tradição secular do Corpo de Deus que estão patentes em várias artérias da cidade.

Apesar da pandemia da Covid-19, que obrigou já ao cancelamento de inúmeras atividades que estavam agendadas para este ano no âmbito dos 250.º aniversário de Penafiel, o executivo não quis deixar de assinalar a data e sinalizar de forma simbólica este efeméride que faz parte da consciência coletiva e do legado histórico de Penafiel.

A mostra alusiva à tradição secular do Corpo de Deus, integra informação, fotografias, vídeos e elementos gráficos sobre a Procissão do Corpo de Deus, da Cavalhada, o desfile do Carneirinho, os Bailes dos ofícios, a Bicha Serpe, o Estado de S.Jorge e o Carro Triunfal.

Aos jornalistas, o presidente da Câmara de Penafiel admitiu que todos os penafidelenses sentem um aperto no coração, por este ano, não poderem celebrar as festas da cidade e do Corpo de Deus.

“As Festas do Corpo de Deus representam uma parte muito significativa, muito substancial do nosso património imaterial. Estas festas existem  antes mesmo de sermos cidade, de sermos vila, éramos ainda terra de Penafiel quando surgiram as Festas do Corpo de Deus  e começou a realizar-se que foi depois evoluindo, integrando o profano com o sagrado e ganhando a expressão que hoje conhecemos. Houve, também, uma altura, em que os bailes dos ofícios participavam de forma ativa. Depois, em determinada altura, essa participação passou a ser feita de forma passiva acompanhando a procissão”, expressou, realçando que esta festividade tem séculos de história de uma comunidade e de um território que a própria procissão foi refletindo.

“Este ano vamos seguramente ultrapassar essas adversidades e com esta exposição que é interativa, aproveitando as tecnologias e as dinâmicas que estão ao dispor dos cidadãos, os QR Codes é possível até ficar a saber um pouco mais das nossas festas e interpretá-las de forma diferente”

O autarca recordou, também, que apesar de todas as vicissitudes que foram acontecendo ao longo dos tempos,  as festas do Corpo de Deus foram sempre capazes de superar essas mesmas adversidades.

“Este ano vamos seguramente ultrapassar essas adversidades e com esta exposição que é interativa, aproveitando as tecnologias e as dinâmicas que estão ao dispor dos cidadãos, os QR Codes é possível até ficar a saber um pouco mais das nossas festas e interpretá-las de forma diferente. Já não tanto naquela lógica em que participávamos, na Cavalhada ou na procissão, mas aproveitando para conhecer o nosso ADN comum que está aqui representado nas nossas festas. Olhamos com nostalgia, com um aperto no coração, mas convictos que no próximo ano as festividades vão voltar a ter uma procissão ainda mais grandiosa”, expressou.

O chefe do executivo relevou, também, o facto dos bailes do Corpo de Deus  estarem na final regional das 7 Maravilhas da Cultura Popular.

“Estas festividades são únicas e singulares pela carga histórica que têm, por representarem esse património imaterial e não é por acaso que neste momento está a decorrer um concurso das maravilhas  da cultura e das tradições do nosso país, e a Cavalhada está no grupo dos finalistas precisamente porque representa esse património histórico, imaterial que é tão importante para nós”, afirmou.

O autarca recordou, também, que a autarquia quer aproveitar, esta altura, e na impossibilidade de ter em Penafiel os milhares de visitantes que regra geral afluem à cidade, para promover este evento cujas origens são anteriores à fundação da vila e mesmo da cidade, já no século XVIII.

“Ano após ano eram milhares os que cá vinham para participar nos vários momentos das nossas festas. Este ano serão menos pelas razões que conhecemos, mas no próximo ano vamos voltar a ter milhares de visitantes e queremos aproveitar esta oportunidade para promover as festas do Corpo de Deus neste modelo interativo que vai poder perdurar um pouco mais e trazer gente com os feriados e algum fim de semana prolongado . Este ano vamos ter de dar uma maior atenção àquilo que é do território, do nosso país, e esta é também uma oportunidade para aqueles que gostam da história, das tradições e do bom acolhimento para virem a Penafiel, respeitando as normas e todas as recomendações, mas usufruindo de tudo isto que temos para oferecer e que felizmente é muito”, acrescentou.

Falando da parte religiosa, António de Sousa confirmou que a habitual eucaristia vai celebrar-se na Igreja Matriz, vai ser transmitida através das plataformas digitais da câmara municipal, o seu facebook, o instagram, também através do canal Youtube e depois vai estar em exposição o Santíssimo, como é de resto tradição Católica, ao final da tarde. Por volta das 19h00, o Padre Paulo Jorge, pároco de Penafiel, vai junto ao Sameiro fazer a bênção à cidade e a todos os penafidelenses.

“Portanto, a vertente religiosa vai estar diferente, com estas circunstâncias diferentes e com estes condicionalismo  que acontecem com tudo o mais, de resto”, afiançou.

O chefe do executivo relevou,  também,  a importância da Cavalhada, dos bailes dos ofícios e da Bicha Serpe como elementos fundamentais das festividades.

“A Cavalhada é um dos momentos mais emblemáticos das Festas do Corpo de Deus. A Cavalhada é uma tradição muito antiga que ao longo  do tempo foi evoluindo, mas que no essencial se traduz numa representação do representante do povo que vem aqui junto do edifício dos Paços do Concelho para se dirigir ao presidente da câmara e à vereação  dando nota daquele que é o sentimento da comunidade relativamente à governação municipal. Esta tradição integra também os vários bailes dos ofícios que acompanham a Cavalhada e a Bicha Serpe que faz também parte do cortejo. É um dos momentos mais simbólicos esta presença da figura da cidade, dos bailes,  da Bicha Serpe nesse momento de relação com o poder autárquico que interage depois e a quem é entregue um documento, que de uma forma simbólica, significa precisamente essa relação do povo com o poder autárquico”, concretizou, reiterando que a seleção da Cavalhada e dos Bailes do Corpo de Deus para a final regional das 7 Maravilhas da Cultura Popular vai dar mais viabilidade ao território, sendo algo de especial para os penafidelenses  e para a comunidade do Tâmega e Sousa.

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