O Administrador do parque de diversões Magikland em Penafiel, Daniel Soares, manifestou estar preocupado com a atual situação dos parques de diversão que considerou terem sido “esquecidos”, no período de desconfinamento.
Em nota enviada ao Novum Canal, o administrador do parque de diversões Magikland em Penafiel, referiu temer que o Estado se tenha esquecido dos parques de diversões, no âmbito do desconfinamento, podendo remeter à falência empresas desta natureza.
Dado o caráter sazonal da atividade do parque de diversões, entre abril e setembro de cada ano, é com uma “profunda apreensão que constatamos que na presente data ainda não existem orientações por parte da DGS que nos possibilitem preparar atempadamente uma eventual abertura. Estranhamos o facto de a mesma DGS já o ter feito para os parques aquáticos, disse.
Citado em comunicado, Daniel Soares referiu que aproxima-se rapidamente o mês de Julho, há o sério risco de “perdemos a oportunidade de obtermos as receitas indispensáveis para a manutenção dos postos de trabalho, ficando por garantir a “sobrevivência “ da própria empresa.”.
Citado também em comunicado, o presidente da Câmara Municipal, Antonino de Sousa, revelou que reuniu, esta quinta-feira, com a gestão do Parque para tomar conhecimento mais em concreto com a realidade e mostrou-se surpreendido com a alegada falta de normas e orientações, que acaba por ser um contra senso quando se fala em apostar, este ano, tudo no turismo interno.
“Não se compreende que haja legislação em curso para determinados espaços de diversão e turísticos e outros sejam completamente esquecidos. A não abertura da Magikland representa sérios problemas e prejuízos para a economia local, numa altura em que tudo estamos a fazer para apoiar a economia local, que atravessa já uma crise seríssima. Esta situação tem de ser rapidamente resolvida. Não é possível dizermos ao povo português para fazer férias em Portugal e depois não ir a tempo de abrir, espaços como os Parques de diversões cujo funcionamento é sazonal. #TuPodes é o mote da nova campanha do Turismo de Portugal, para impulsionar o mercado internos, mas afinal parece que não se pode ”afirmou o autarca, à saída da reunião.
De acordo com o administrador do parque de diversões Magikland, o parque está encerrado desde o dia 15 de Setembro 2019, tendo em abril, na Páscoa perdido a visita de espanhóis, de escolas num total de cerca de 45 mil alunos.
O responsável pelo parque de diversões concretizou, também, que entre Julho, Agosto e Setembro de 2019, a Magikland registou 120 000 visitantes e teve 1 milhão de euros de faturação, dando emprego (postos de trabalho diretos e indiretos) a 60 colaboradores.
Perante este cenário, o responsável pelo parque assegurou que estão em risco mais de 20 postos de trabalho.
“Já perdemos cerca de 700 mil euros e se o parque não abrir nos meses de julho e agosto corremos o risco de perder 1,5 milhões de euros. Além dos postos de trabalho é a sobrevivência da empresa que está em causa”, afiançou Daniel Soares.
O parque tem 7 hectares, 17 divertimentos e 3 piscinas, tudo ao ar livre.