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Lojas do Comércio local de Penafiel expectantes mas acreditam que melhores dias virão

O presidente da Câmara de Penafiel, Antonino de Sousa, acompanhado pelo vereador com o pelouro da Captação de Investimento, Desenvolvimento Económico e Inovação, Pedro Santana Cepeda, e o presidente da Freguesia de Penafiel, Carlos Leão, efetuaram, hoje, uma visita a vários estabelecimentos de ensino da cidade com o objetivo de se inteirarem sobre a atual situação.

A visita serviu, também, para perceber a forma como o comércio local se está a adaptar às regras definidas no período desconfinamento, na sequência do Covid-19.  

Ao Novum Canal, vários comerciantes apesar da preocupação normal e do receio que ainda é visível nalgumas pessoas, elogiaram a ação do executivo municipal e mostraram-se confiantes numa retoma das atividades.

Pedro Bessa, antigo presidente da Associação Empresarial de Penafiel, das Lojas Dany, realçou a iniciativa da autarquia, salientando que o município procurou transmitir uma imagem de confiança.

“Estas ações são sempre importantes quando sentimos apoio. O comércio preparou-se, criou defesas para si, para os seus colaboradores, para as famílias dos seus colaboradores e para os seus clientes. As iniciativas da autarquia penafidelense e da Associação Empresarial têm sido fundamentais para promover o comércio local, disseminando informação dos apoios para o setor. É fundamental que as empresas  estejam informadas e saiba adaptar-se”, disse.

Pedro Bessa reconheceu que apesar dos desafios, os comerciantes estão a assimilar as novas regras e diretrizes e vão ser capazes de fazer face a mais esta adversidade.

“Os comerciantes já evidenciaram várias vezes que são capazes de se adaptar. Custa-me mais ver as iniciativas legislativas que saem aos pares ou nos dias pares e são diferentes das iniciativas dos dias ímpares, criando um desconforto porque nunca sabemos o que devemos fazer. Por outro lado, verificamos, o que é pior, é que a iniciativa legislativa acaba por não ter execução na prática”, avançou, salientando que são os empresários e o setor privado que criam riqueza.

“Não há dinheiro público. Há dinheiro dos impostos das pessoas que pagam e que depois se transforma em dinheiro público. Se o país quiser funcionar como um todo, significa que o setor privado tem de funcionar e os empresários têm a perfeita consciência que em tempos diferentes têm que assumir posturas diferentes. Criamos todas as defesas com equipamentos de proteção individual para proteger os nosso e os que cá vêm para que o conceito de medo que está entranhado nas pessoas vá desaparecendo lentamente. A proteção de todos significa que possamos vencer como um todo”, defendeu, sublinhando que ou vencemos todos ou não vencemos.

Falando do impacto financeiro para o comércio local na sequência do surto sanitário, Pedro Bessa esclareceu que existem dois tipos de impacto: um impacto sanitário e um impacto financeiro.

“Quanto ao impacto sanitário, ele está a ser trabalhado e criadas as defesas. Quanto ao impacto financeiro é o que mais me assusta porque o que tem sido criado são linhas de crédito e isso representa dívida a longo prazo. Num momento de incerteza em que a dúvida sobre o volume de faturação e a criação de riqueza futura existe, criar despesa pode ser um problema.  Por outro lado, a banca, mais uma vez, está-se a portar muito mal porque está a pedir ao pequeno e ao médio empresário coisas impensáveis como, por exemplo,  previsões de faturação futura. Numa situação destas é quase tão simples pedir uma coisa dessas como os números do euromilhões. Ninguém de bom senso consegue dar um estudo económico”, expressou.

“Esta é uma crise  diferente das outras”

Sobre esta questão, o ex-presidente da Associação Empresarial de Penafiel recordou, ainda, alguns empresários vão ter capacidade para se adaptar e reorganizar e outros que não vão conseguir fazê-lo.

“Vamos ter os que têm estrutura financeira para aumentar o capital, para fazer investimentos nas empresas e os outros que não têm.  Esta é uma crise  diferente das outras. É diferente porque resulta de uma pandemia e no último século não tivemos nenhuma. É também diferente porque as últimas crises levaram a um processo de emigração e nesta fase este processo não é solução porque o problema que se está a passar em Portugal está igualmente a atingir outros países. Tudo isto vai obrigar a que a estrutura económica e industrial tenha que ser repensada. Esta dependência completa de outros países exteriores à Europa tem de acabar”, afirmou.

Fátima Santos, do Centro Agrícola de Penafiel, relevou também a importância desta iniciativa como forma dinamizar o comércio local,  convidar as pessoas a saírem e comprarem no comércio local.

“É importante que as pessoas comprem e façam as suas compras nos estabelecimentos locais.  Somos um comércio de proximidade. Somos um estabelecimento com muita história, 73 anos de existência, pelo que também fizemos um esforço de adaptação no sentido de garantir a segurança dos funcionários e dos clientes”, referiu, sublinhando que a Centro Agrícola após o dia 13 de março encerrou temporariamente por um período de 15 dias, reabriu depois, apenas no período da manhã, estando já a trabalhar em pleno.

“Somos efetivamente um estabelecimento com um cariz diferente dos outros. Comercializamos  produtos fito farmacêuticos e da agricultura e por isso abrimos mais cedo  que outros”, sustentou, mostrando-se otimista que com ao suavização da curva epidemiológica e a reabertura dos setores, as pessoas vão voltar a ganhar a confiança.

 José Ramalho, da Casa Peixoto, elogiou, também, esta ação, garantindo que estas medidas ajudam a motivar os comerciantes e transmitir segurança às pessoas.

“Estas ações são louváveis até porque a maioria dos estabelecimentos estão com sérias dificuldades. Nota-se uma quebra imensa. Muitos clientes que estavam fidelizados deixaram de vir porque as pessoas têm ainda medo”, garantiu, asseverando que todos os clientes para entrar na loja têm de desinfetar as mãos e cumprir com outras regras.

“A nossa meta é garantir a segurança dos nossos clientes, mas quem não tiver capacidade económica seguramente que vai ter muitas dificuldades e passar muitas noites sem dormir”, atalhou.

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