«O que mais custa é ter que definir prioridades». O relato de uma mãe em quarentena.

Esta pandemia mudou as nossas vidas e o nosso quotidiano. Helena Gomes, natural de Penafiel, está a trabalhar a partir de casa, com dois filhos pequenos, praticamente há 60 dias e falou com o Novum Canal do melhor e do pior de ser mãe, professora, trabalhadora e, alguém preocupado com a pandemia da Covid-19.

– Como descrevia estar em casa com teletrabalho, trabalho doméstico e, ainda, ser explicadora e mãe a tempo inteiro?

«Difícil. Um desfio que nunca imaginei viver e que é sem dúvida uma das situações mais complicadas que terei que ultrapassar. »

– Fale-me mais das dificuldades do dia-a-dia… Como é a rotina?

«O que mais me custa é ter que definir prioridades, o tempo não dá para tudo, então tive que colocar de parte as atividades da minha filha mais nova dando prioridade aos estudos do meu filho mais velho que anda no 3°ano. Juntando isto ao facto de atender telefonemas e responder a e-mail’s quase simultaneamente com a preparação de refeições e organização da casa, torna a rotina muito difícil. Mas como tanto se diz “Vai ficar tudo bem“.»

– O que tem sido o melhor nesta quarentena?

«Estar mais tempo com os meus filhos, sem dúvida, no entanto, não o tempo de qualidade que tanto tenho desejado nos últimos anos

– Tem alguma história engraçada de trabalho com os filhos em casa?

«Sim, no decorrer de uma chamada telefónica com um cliente minha filha de 3 anos gritar ao meu lado insistentemente “mãe, quero fazer cocó” fiquei embaraçada mas no fim só deu para rir.»

– O que mais lhe apetece fazer quando isto tudo acabar?

«Passear para bem longe com os miúdos e fazer as habituais jantaradas em família