Dia Internacional da Família

Ontem comemorou-se o Dia Internacional da Família!

Em 1993, a Assembleia Geral das Nações Unidas consagrou o dia 15 de maio como o Dia Internacional da Família. Este ato atribui assim, a importância fundamental a esta instituição (família), enquanto primeiro contexto de socialização e que serve de base ao processo de desenvolvimento da criança, seja físico, psicológico, social, etc.

É no seio da família que se aprende a amar através da relação com o outro, se constroem sentimentos de pertença e de identidade, estruturantes do mundo afetivo interior e relacional da criança, do jovem, e mais tarde do adulto. É neste processo de crescimento familiar que nos tornamos adultos competentes.

O papel da família é essencial na modelagem de comportamentos da criança/jovem, nas aprendizagens e experiências proporcionadas; a forma como essas experiências geram emoções, sentimentos, e o modo como estes são trabalhados, incorporados e transformados em competências e estratégias (de resolução dos problemas, dos conflitos, obstáculos, dificuldades) e mais tarde, recuperados em novas experiências, oportunidades e aprendizagens, vão sendo apreendidas desde muito cedo no contexto família.

Entenda-se o conceito de família (que foi mudando ao longo da história) nas suas diferentes formas de organização, onde predominam os laços de parentesco e sangue (que nos tornam parte dela, de nome, em primeira linha), mas que aqui não se esgotam; entenda-se o conceito de família com base na relação afetiva estabelecida entre os seus elementos; a família nuclear e a família alargada; as novas formas de família – famílias reconstituídas onde há o eu, tu, os meus, os teus e os nossos! Famílias onde há dois pais; famílias onde há duas mães! Família onde há uma mãe ou um pai. Família de sangue e de coração; a quem escolhemos amar e aquela que nos escolheu amar. Família é cuidado! Família é cuidar e proteger; é colo e aconchego; são gargalhadas, risos fáceis e cocegas; é ralhar com a voz mas com o coração a acariciar; é escutar; é olhar; é ter os sentidos apurados e adivinhar. É abraçar, mimar, onde o colo não falte; é perdoar. Família é coração; é porto de abrigo. É união.

Este período de confinamento que de uma ou outra forma, as famílias experienciaram, trouxe provavelmente, ao de cima, as dinâmicas familiares que as caraterizam, as formas de comunicação, as dificuldades (já identificadas ou não); se, para algumas houve a oportunidade de mais tempo efetivo e de maior qualidade em família, para outras este período trouxe mais angústias e preocupações (ex: dificuldades económicas), mais conflitos e instabilidade e fez emergir fatores de risco (já conhecidos ou não) a que importa atender, no exercício da nossa responsabilidade social e de cidadania.

Família é onde haja amor! Sempre.

E quando a família falha? Quando a família falha no seu papel?