O Tribunal e Contas deu luz verde para o alargamento de instalações no CHTS de Pneumologia e Nefrologia, num investimento orçado na ordem de 1 milhão de euros, a que se vão juntar outros projetos, considerados decisivos para prestar mais e melhores cuidados.
Segundo fonte do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), o alargamento das instalações destas duas valências vai permitir melhorar a Unidade de Broncologia e Técnicas, com mais garantias de controlo de Infeção. Já a Unidade de Função Respiratória passará a ter mais salas e equipamentos, permitindo melhorar as condições de apoio aos Insuficientes Respiratórios e ainda a criação de dois quartos para Estudo do Sono.
Citado em comunicado, o presidente do Conselho de Administração do CHTS, Carlos Alberto, revelou que a intervenção vai permitir dotar duas especialidades de mais meios e até de mecanismos para uma futura criação de uma unidade de diálise.
“A autorização do Tribunal de Contas é uma excelente notícia nos tempos conturbados que vivemos, pois vai permitir dotar duas especialidades de mais meios e até de mecanismos para uma futura criação de uma unidade de diálise que é reivindicada pela região há muitos anos. Acreditamos que em breve podemos vir a ter mais notícias idênticas sobre investimentos que são essenciais para um Centro Hospitalar que serve mais de meio milhão de pessoa, numa vasta área territorial”, disse.
Recorde-se que, na especialidade de Pneumologia, o CHTS tem na sua área de influência uma taxa de incidência de tuberculose muitíssimo superior à média nacional e à média do norte de Portugal, que importa atacar de modo mais intenso, sendo a realização desta obra um passo fundamental.
Portugal registou, em 2017 (dados divulgados pela OMS em 2019), menos casos de tuberculose, mas ainda está acima da média europeia.
A incidência no nosso país é de 17,5 casos por cada cem mil habitantes, enquanto na União Europeia não vai além dos 10,7 por cada cem mil.
No Norte, a maior taxa é no Vale do Sousa Sul e Baixo Tâmega.
A Nefrologia é outro serviço cujas obras de alargamento vão permitir, pela primeira vez em muitos anos, a criação de uma unidade de diálise do Serviço Nacional de Saúde (SNS) nesta região que permita dar resposta, evitando a necessidade de transferir doentes para outros hospitais.