A Associação Empresarial de Penafiel (AEP) dirigiu uma carta aberta a Pedro Siza Vieira, Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, onde demonstra a preocupação do tecido empresarial da região do Tâmega e Sousa.
“Estamos a falar de um tecido empresarial constituído por micro e pequenas empresas muito dinâmico (confeções, mobiliário, construção civil, entre outros), altamente exportador, e em muitos casos, dependente de poucos clientes, muitos deles como sabemos também em dificuldades pelo facto de o consumo privado ter caído a pique”, referem.
Conscientes de que “não estamos perante uma crise económica clássica ou de escassez de liquidez como a que vivemos em 2008”, mas algo inesperado, consideram que “vamos conseguir recuperar desta crise quão melhor formos capazes de manter vivas as empresas geradoras de milhões de empregos bem como a nossa economia”.
A AEP sugere “pensar em modos de lay off simplificado, reduzindo as contribuições das empresas para a segurança social ou mesmo flexibilizando o pagamento de impostos por parte das empresas”.
A falta de previsibilidade das medidas que têm sido anunciadas quanto ao âmbito da aplicação e modo de operacionalização, “que todos os dias as mesmas medidas sofrem alterações”, e o montantes das linhas de crédito disponibilizados, que são “insuficientes para a realidade do tecido empresarial português e para as expetativas dos empresários”, são algumas das medidas que a AEP pede atenção por parte do ministério.
A rapidez na disponibilização dos apoios financeiros às empresas e às famílias, é um dos problemas apresentados, ao qual sugerem que “nos casos que permitam fiscalização à posteriori, o Governo possa aprovar adiantamentos imediatos de verbas aos destinatários das medidas”.
Estes são os três vetores fundamentais que a AEP pede que sejam analisados “com rigor, no sentido de mantermos a economia a funcionar dentro do possível, até podemos regressar à normalidade que tanto ansiamos”.