u201cSe a vida nu00e3o tem preu00e7o, nu00f3s comportamo-nos sempre como se
nalguma coisa ultrapassasse, em valor, a vida humanau2026Mas o quu00ea?u201d u2013
nSaint-Exupu00e9ry, Antoine de
Lancei hu00e1 pouco dias um vu00eddeo pessoal onde alerto para as
nconsequu00eancias nefastas para toda a populau00e7u00e3o se mantivermos os mesmos hu00e1bitos,
natitudes e comportamentos de risco que assumu00edamos como normais antes desta
ncrise provocada pelo vu00edrus COVID-19.
Fi-lo porque sinto (aliu00e1s, toda a comunicau00e7u00e3o social tem dado
neco pu00fablico de muitas dessas atitudes inaceitu00e1veisu2026) que os Portugueses e
nparticularmente na nossa regiu00e3o, muitos ainda, nu00e3o perceberam o quu00e3o grave e
nperigoso u00e9 este vu00edrus e a forma fu00e1cil como ele se propaga.
Fica novamente o alerta para que respeitem este peru00edodo de
nquarentena e que fiquem em casa, assumam comportamentos condizentes com as
nmedidas impostas pela Direu00e7u00e3o Geral de Sau00fade, interrompam a propagau00e7u00e3o do
nvu00edrus, defendam a vossa vida e das pessoas que mais amam, sejam agentes
ncuidadores da vossa comunidade.
Por outro lado, nu00e3o paro de pensar nas pessoas mais
nvulneru00e1veis, naquelas que ju00e1 por si estavam isoladas, abandonadas, sem redes de
nproteu00e7u00e3o e apoio.
Estes cidadu00e3os Portugueses e tanto outros imigrantes que
nvivem exclusivamente do seu trabalho, sendo que muitas das suas famu00edlias
nficaram nas suas terras e dependem apenas dos seus rendimentos mensais, devem
nestar nesta fase ainda mais desesperados.
Acrescem todas as minorias u00e9tnicas que se encontram em
nPortugal e vivem sobretudo da venda ambulante e dos trabalhos agru00edcolas
nsazonais.
Estes cidadu00e3os estu00e3o especialmente incapazes de construir
nalicerces para aguentarem com dignidade esta crise, por falta de quase tudo,
ndinheiro, habitau00e7u00e3o, acesso a cuidados de sau00fade, redes sociais de apoio enfim
ntudo o que todos nu00f3s damos por adquirido nas nossas vidas.
Ninguu00e9m pode ficar para tru00e1s, ninguu00e9m u00e9 indispensu00e1vel nesta
nluta!
Todos, mesmo todos, temos o dever cu00edvico, moral e u00e9tico de
npensar como construir nestes tempos de infortu00fanio modelos de intervenu00e7u00e3o
ncomunitu00e1ria para ajudar estes que de facto se encontram mais desprotegidos.
As entidades pu00fablicas, Cu00e2maras Municipais, Seguranu00e7a Social,
nIPSS nu00e3o podem descurar a intervenu00e7u00e3o nestas minorias sociais sob pena de
nvilipendiarmos todos os valores sociais de Humanidade, solidariedade e
nfraternidade que construu00edram as democracias ocidentais.
Exorto todos, na dimensu00e3o pessoal e na esfera coletiva a nu00e3o esquecer estes
nnossos concidadu00e3os que tanto nos ajudam a construir a nossa sociedade, que com
na sua foru00e7a de trabalho nos permite ter acesso a produtos que todos consumimos,
nque com o seu sorriso nos despertam para o que hu00e1 de melhor no ser humano.
Nu00e3o, ninguu00e9m pode ficar para tru00e1s!
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